Certa ocasião encontrei três amigos no aeroporto. Pessoas boas que conheço há muitos anos, mas cujo convívio não é tão próximo.
Coincidentemente, todos os quatro tínhamos o mesmo destino, no mesmo voo. Aproveitamos e fizemos da Sala de Embarque uma particular sala de visitas. Conversamos sobre política, sobre negócios e família, entre outros.
Como o aeroporto estava fechado para pousos e decolagens, nosso bate-papo foi bem produtivo aí, nesta altura, acompanhado de um café. Depois de certo tempo, a Companhia Aérea resolveu acomodar os passageiros num ônibus fretado para o destino, oferecer um voucher aos passageiros ou mesmo esperar um possível voo à tarde.
Aquele pequeno grupo de amigos, que tinha muito em comum e que possuía objetivos iguais, rapidamente se desfez. Em poucos minutos, cada um tomou uma decisão e cada um foi para um destino diferente. Exatamente assim: o destino que nos uniu foi o mesmo que nos encaminhou para rumos distintos.
Na vida ocorre de maneira igual. Hoje temos companheiros, colegas e amigos e, no dia seguinte, por motivos diversos, cada um vai para o seu lado.
Hoje temos pai, mãe, esposa, filhos e, no momento seguinte, um de nós toma um caminho diverso.
Por isso é fácil concluir que não devemos criar caso por conta de nada. Precisamos ser pontes que unam pessoas onde haja uma convivência pacífica e harmônica, porque, no momento seguinte, pode ser que um de nós não mais esteja aqui, aí será tarde e não vai adiantar lamentações.
Então, o melhor a fazer é viver.
E viver com paz, saúde e amor!
Viva a vida!
(*) Empresário, palestrante e consultor em comércio varejista