A última terça-feira, dia de janeiro, marcou um dia memorável, o Dia do Fico.
Infelizmente, as novas gerações pouco sabem deste episódio, que ocorreu há mais de 200 anos. Em verdade, pouco lhes foi ensinado. Parece que, de um tempo pra cá, há um grande interesse em apagar a história do Brasil e, em seu lugar, escrever fatos, relatos e mi-mi-mis que estão vilipendiando as verdadeiras páginas vividas e escritas por homens e mulheres que nos antecederam nesta Terra de Santa Cruz.
O final do Século XVIII e o início do Século XIX foram muito tumultuados, de modo particular na Europa. Napoleão Bonaparte, grande estrategista militar, tocava o terror e conquistava países e nações causando mortes e devastações. O Príncipe Regente de Portugal, D. João, numa manobra histórica, juntou toda a corte, elite e tesouros e embarcou para o Brasil, fugindo das tropas napoleônicas. E, literalmente, ele os deixou a ver navios.
O comboio chegou por aqui em 1808 e, a partir de então, a Colônia Brasil passou a ter um grande salto. Desde escolas, saneamento, indústria e comércio, entre outros, em tudo houve evolução em detrimento de Portugal.
Porém, com a queda de Napoleão, os portugueses passaram a exigir o retorno da Família Real, da elite e dos capitais. Diante de muita pressão, Dom João VI, agora Rei de Portugal, Brasil e Algarves, em mais uma manobra política, voltou para a Europa.
Contudo, deixou aqui o seu filho Pedro como Príncipe Regente.
Acontece que os portugueses e seus parlamentares queriam mais, queriam que Dom Pedro e sua família retornassem imediatamente.
Com o passar dos meses, a relação do Brasil com Portugal foi se desgastando. A corte de Lisboa despachou então um Decreto, exigindo que o Príncipe retornasse a Portugal e que o Brasil voltasse à condição de colônia. O decreto vindo da Corte provocou grande desagrado popular. No dia 9 de janeiro de 1822, D. Pedro recebeu um abaixo-assinado com oito mil assinaturas daqueles que defendiam sua permanência no Brasil.
Cedendo às pressões, o príncipe regente pronunciou a frase que marcou o “Dia do Fico”:
“Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que fico”.
Dom Pedro foi corajoso e ousado.
Foi arrojado e determinado.
Seguiu firme no seu propósito e lutou até o fim.
O preço pago foi alto, mas valeu a pena.
Aliás, como estão os seus planos e metas?
Você está vivendo como preconizou Zeca Pagodinho, “deixa a vida me levar”, ou está focado naquilo que o move, está atento aos seus sonhos?
Pois então ajuste as velas, coloque o trem nos trilhos e diga para si mesmo: eu fico!
Eu fico com os meus sonhos, eu fico com as minhas metas
e com tudo aquilo que me faz bem!
Fulvio Ferreira
Empresário, palestrante e treinador de equipes
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