Dia dos Pais

A partir do final do Século XIX, o Brasil experimentou o início de sua industrialização, isso praticamente 100 anos depois da Revolução Industrial.

No início do Século XX, as indústrias têxteis se agigantaram. Nessa época, a cada quatro brasileiros três moravam no campo. As famílias com domicílio rural, maioria no Brasil então, após a colheita, iam até as cidades e compravam peças de tecidos. É comum nossas avós e bisavós mostrarem as raras fotos da infância com roupas iguais em todas as irmãs, pois as roupas eram costuradas em casa a partir do mesmo tecido.

Foi por volta dos anos 1940 que as lojas de roupas feitas começaram a se popularizar. A partir desta época, surgiram as vitrines nas lojas e, também, as propagandas em rádios e jornais. Também surgiram a partir de então as comemorações comerciais de datas como o Natal. 

A comemoração do Dia dos Pais teve origem nos Estados Unidos, em 1910, por iniciativa de Sonora Dodd, que queria homenagear seu pai, um veterano da Guerra Civil americana que ficou viúvo precocemente e que a criou sozinho. 

O Dia dos Pais é comemorado em vários países do mundo. Nos Estados Unidos, a data é celebrada em junho, no mês do nascimento do pai da criadora da data. Em países como Portugal, Espanha e Itália, a solenidade é no dia 19 de março, Dia de São José, pai de Jesus. 

O Dia dos Pais foi criado no Brasil em 1953, através de uma ação do publicitário Sylvio Bhering. A princípio, ele escolheu a data de 16 de agosto, que era o dia de louvor a São Joaquim, pai da Virgem Maria. 

Para que a data pudesse ser comemorada sempre aos fins de semana, quando supostamente os pais estão de folga e podem aproveitar o dia com os seus filhos, a celebração foi modificada para ser festejada anualmente no segundo domingo do mês de agosto.

O principal objetivo desta data é homenagear os pais. E, de quebra, oferecer um presente!

Nas últimas décadas, as comemorações como Natal, Dia das Mães e Dia dos Pais cresceram à medida que a família passou a se distanciar. Explico: na década de 1970, em alguns casos até os anos 80, os pais e os filhos almoçavam juntos todos os dias e tinham hora certa para jantar. Estavam próximos e havia uma convivência forte.

Aos poucos, as mães foram para o Mercado de Trabalho e os filhos passaram a ter outros compromissos além da escola; a televisão e o videogame se transformaram em companhia. Depois, veio o computador, e agora, o celular é o melhor amigo dos jovens.

Essas modernidades, esses gadgets, trouxeram informações e conhecimentos, mas, como ônus, afastaram as pessoas umas das outras, inclusive dentro da própria casa. Assim, muitas pessoas, ao menos nesta data, fazem de tudo para estarem próximas dos pais e celebrarem. Almoçam juntas, conversam um pouco, presenteiam-se e, claro, postam tudo nas redes sociais...

As escolas, as igrejas e as entidades sempre fazem reuniões especiais para homenagear os pais. O comércio aproveita-se desta data para alavancar vendas, sempre apoiado em muita publicidade e divulgação.

Percebam que a data surgiu para homenagear; os presentes são apenas consequência. Assim, é hora de render homenagens, de manifestar gratidão, de ser presença junto ao seu pai. 

Pai vem do latim Pater, Patre e se refere à figura masculina que tenha filhos.

Não importa se o seu pai está próximo ou longe, se é novo ou velho, se é rico ou pobre, encarnado ou desencarnado.

Pode ser o pai que gerou ou o pai que criou.

Não importa, faça tudo pelo seu pai, pelo seu tio que é pai, pelo padrinho, pelo avô, pelo filho, pelo irmão... e renda homenagens e devote atenção todos os dias, porque todo dia é Dia dos Pais e todo dia deve ser de amor, de carinho, de presença e de gratidão!

Ao meu pai e a todos os pais, os meus votos de muita paz, saúde e felicidade!

Feliz Dia dos Pais!

Fulvio Ferreira
Empresário, palestrante e treinador de equipes
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