Era agosto de 1822: Dom João VI havia voltado para Portugal por exigência do povo português. Num lance estratégico de inteligência, deixou aqui o seu filho Pedro I, como Príncipe Regente.
Isso, porém, aumentou a insatisfação daqueles que queriam que o Brasil voltasse a ser uma simples e explorada colônia, o que fomentou o senso de nacionalidade e o desejo de independência por parte dos brasileiros.
Para tentar acalmar os ânimos daqueles que exigiam a independência do Brasil, assim como fez no mês anterior em Minas Gerais, o Príncipe Pedro foi pessoalmente até a Província de São Paulo para conversar e negociar.
Porém, no caminho também exerceu sua habilidade diplomática, visitando várias cidades do Vale do Paraíba.
Conta a história que Pedro passou em Aparecida para visitar a conhecida “Capela da Santa”, onde se colocou em plena oração, pedindo a intercessão de Nossa Senhora da Conceição, fazendo suas preces e como principal promessa que, ao completar o processo da independência, ele iria decretar Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil, além de consagrar a nação à Virgem Maria.
A história de aparição da santinha remonta 1717, de modo que, 100 anos depois, havia uma fé e forte crença na mãe de Jesus.
Como a aparição se deu num dia 12 de outubro, essa data ficou marcada como a celebração daquela que tanto fez pelas pessoas, inclusive para aquelas que a ela se recorreram, de modo particular ao Príncipe Regente.
A data de 12 de outubro foi instituída como feriado nacional em 1923 em homenagem à padroeira, consolidando seu papel não apenas como um ícone religioso, mas também como um símbolo de identidade nacional.
No dia 12 de outubro do mesmo ano, a cidade do Rio de Janeiro, então capital federal, sediou um evento que reuniu estudiosos de infância e políticos de vários países. Era o Congresso Sul-Americano da Criança, cuja pauta discutia questões educacionais, alimentares e de desenvolvimento. O Dia das Crianças foi oficializado em 1924, mas só ganhou relevância a partir de 1950, com as campanhas de marketing.
Então, se você tiver alguma fé em Nossa Senhora, é hora de agradecer; se você tiver alguma criança na família, é hora de dispensar algum tempo a ela e, se possível, um presente.
De qualquer modo, se não houver uma coisa ou outra, reze pelo Brasil e pelas crianças de acordo com a sua fé, afinal, nosso país está precisando tanto de orações quanto da intercessão do alto para cessar os mandos e desmandos da Corte para que não acabem com o futuro de todos, especialmente das nossas crianças!