Finados
Amanhã, dia 2 de novembro, se comemora o Dia de Finados.
Finado é aquele ou aquela que se finou, isto é, que morreu. O Mundo Moderno e Ocidental efetivamente passou a homenagear seus mortos com orações por volta do século XI.
Ainda é forte o hábito de ir até os cemitérios nesta data para rezar pelos mortos, amigos e familiares, e levar flores como forma de homenagem. Todavia, esta prática vem perdendo forças uma vez que os mais jovens não têm dado tanta sequência ao hábito secular; muitos acreditam que orações podem e devem ser feitas em qualquer lugar, que lá no cemitério existe apenas pó, e que a vida e a saudade estão no coração de cada um de nós.
Contudo existe um outro tipo de finado, um outro tipo de morto, é o morto vivo.
É aquela pessoa que se entrega, que não tem garra em nada que faz. Uma pessoa que literalmente deixa tudo passar. Deixa uma oportunidade passar, deixa a vida passar. Esse tipo de pessoa, talvez um mulambo, não soma, não acrescenta nada, seja no trabalho, seja na família, seja na vida social.
É marcada por características como não acreditar em nada, não mostrar empolgação com nada, mas possui força para reclamar de tudo; quase um walking dead; um morto ambulante.
Essas pessoas vivem pesando onde quer que estejam. São pessimistas, são negativas e torcem pelo quanto pior melhor. Estão mais mortas do que vivas. Essas pessoas também merecem nossas orações, aliás, muitas orações e paciência.
Mas elas devem se lembrar, que após rezar poderemos, num belo momento, seguir o lavrador que acaba com o resto da colheita, que espalha o que sobrou pelo chão para preparar um novo plantio. Ou nas palavras do imortal Zé Rodrix: "espalhando o que já está morto pro que é vivo crescer".
Então, se você está meio vivo, meio morto, se mais reclama do que age, trate de mudar porque senão a vida virá como um trator e lhe espalhará visto que a fila anda e "o novo sempre vem!"
Fulvio Ferreira
Empresário, palestrante e consultor em comércio varejista.
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