No dia 15 de novembro do ano de 1889, foi dado o golpe da República.
O Brasil vivia sob a administração do seu segundo monarca, dom Pedro II, após a Proclamação da Independência, que ocorreu em 1822; portanto, vivemos 77 anos como país livre no Regime Monárquico.
De modo especial no Segundo Reinado, o Brasil se tornou um país respeitado sendo uma das maiores democracias do mundo. Evoluiu na cultura, economia, agricultura, educação e muito mais.
Políticos liberais, latifundiários e escravocratas criaram uma falsa narrativa que a República era um regime mais atual, mais eficiente e democrático, pura mentira.
A maior diferença entre um regime e outro é que na República o poder é exercido por meio de votos e é por tempo determinado; na Monarquia é exercido por tempo indeterminado e o poder é transferido por hereditariedade, isto é, de pai para filho. Porém este Poder é limitado pela Constituição e tem o condão de conciliar e moderar os demais poderes, cujo governo é, na maioria dos casos, parlamentarista.
Infelizmente, para a maioria da população, faltam informações sobre regimes de governo, de política e de história. Desde 1889 o Brasil não se encontrou; colecionou Constituições, golpes, conheceu ditaduras, casos e mais casos de corrupção e crises diversas, da economia à educação e cultura, e todas as últimas sendo ancoradas pela crise moral onde palavra, verdade e ética já se foram.
Esta grande parte do povo brasileiro sequer sabe onde está e para aonde vai; em verdade, são tocados, são conduzidos. Não tem conhecimento sobre quase nada, possuem visão limitada acerca do passado, do presente e do futuro; inclusive do passado recente. São pessoas do bem, porém quase inocentes; cegos funcionais. Peças fundamentais para líderes inescrupulosos mentirem para alcançar e se manter no poder.
O sistema como um todo induz o povo a ficar andando em círculos, envolvido por falsas promessas.
Se preocupam, como dizia Juvenal entre os séculos I e II, é que haja pão e circo; ou melhor, cerveja e churrasco.
