Dizem que quem sabe escrever ou quem ganha ou quem está por cima escreve a história...
Dizem que quem sabe escrever ou quem ganha ou quem está por cima escreve a história. E, normalmente, a história que escreve é sob a sua ótica, sob o seu entendimento.
A Rede Globo, segundo a sua orientação e conveniência, está reescrevendo a história do Brasil, através da novela Novo Mundo.
Tempero aqui, exagero ali, a verdade é que milhões de brasileiros que assistem a essa produção acabam por ser doutrinados segundo os interesses da Emissora.
Estamos em plena Semana da Pátria. Desculpe-me se o termo Semana da Pátria lhe soa muito tradicional e setentista, mas fui criado num tempo em que os valores existiam; valores morais, éticos e, inclusive, a valorização dos períodos históricos, ainda que exagerados.
Quem escreveu a história tratou de romantizá-la através de um “brado retumbante” às “margens plácidas” de um riacho. O povo, “heroico”, ficou quase ofuscado de tanto brilho pelos “raios fúlgidos” do “sol da liberdade”...
Ora, nosso Hino nos colocou como espectadores de uma cena fictícia, que foi retratada de forma lúdica e poética. Em momento algum nós, povo, participamos de algo. Ficamos quase sempre a distância. O episódio da Independência é um exemplo clássico.
Cento e noventa e cinco anos depois do histórico grito da independência, continuamos sob o jugo do poder político e econômico. Todavia, descobrimos que temos muita força e muita importância.
Mas ainda somos como um elefante, que, apesar da força, ainda se sente limitado a uma corda presa a um banquinho. É hora de levantar, jogar o banco longe e mostrar para os governantes que o nosso brado, este sim, deve ser temido e respeitado porque significa a vontade de um povo, um povo bom, pacífico e ordeiro, mas muito trabalhador; um povo que não aguenta mais tantos mandos e desmandos, que não aguenta mais morrer nas filas dos hospitais que demoram décadas para ficar prontos, as estradas que matam por incompetência administrativa e as ruas que metem mais medo do que selvas.
É hora, sim, de começar a verdadeira independência!
Você está para fazer a sua parte?
(*) Empresário, palestrante e consultor em comércio varejista