Neste ano, o Brasil comemora 200 anos de independência. Para celebrar este feito trataremos esse tema em três capítulos, abordando três datas muito importantes na história. São elas: dia 20 de agosto, 2 de setembro e, por fim, dia 7 de setembro.
A partir de 1808, com a chegada da Corte, o Brasil experimentou um grande salto. O comércio, a indústria, as artes, a política... tudo cresceu e evoluiu.
Houve um ganho em qualidade de vida, empregabilidade e em tantos outros segmentos.
Com o passar do tempo, tudo melhorou. A Corte gozava de prestígio, mas nem tudo eram flores, muito ao contrário.
Nessa altura, a Maçonaria em solo brasileiro apresentava uma pauta polêmica: ela defendia o fim da escravidão, apresentava críticas à Monarquia e era separatista.
O rei Dom João VI enxergava tudo isso com muitas reservas...
Com a queda de Napoleão, o povo português passou a exigir o retorno de Dom João para Lisboa; com ele, toda a elite política e financeira e, de modo especial, da Sede do Governo.
A partir da Rebelião do Porto, importante cidade portuguesa, ocorrida em 1820, a pressão aumentou.
A história maçônica conta que houve uma sessão conjunta entre as Lojas “Comércio e Artes” e “União e Tranquilidade” na cidade do Rio de Janeiro.
Nessa ocasião Gonçalves Ledo, maçom de escol, jornalista e político liberal, personalidade de grande influência, fez um discurso emocionante e inspirador, pedindo a independência do Brasil. A ideia foi aprovada por todos e a Ata daquela reunião indicava que era dia 20 de agosto de 1822.
Nesse dia, a Maçonaria brasileira, representada pela Lojas citadas, empenhou todo o apoio a Dom Pedro I, Príncipe Regente. Vale destacar que a Maçonaria, desde aquela época, representava todos os segmentos da sociedade. Então, o apoio e incentivo recebidos naquele dia teria levado o Príncipe Regente a se comprometer com o Brasil, ali representado, e a proclamar a independência naquela ocasião.
A cena histórica do Sete de Setembro foi um grande teatro, um esquete que até hoje é narrado e ilustrado através da obra de Pedro Américo.
Afinal, a proclamação da independência aconteceu realmente no dia 20 de agosto, como defende a história maçônica, corroborada por uma série de historiadores?
Ou esta passagem foi um dos derradeiros capítulos da nossa história colonial?
Fulvio Ferreira
Empresário, palestrante e treinador de equipes