Imagine uma família com cinco pessoas. Nesta casa, apenas duas trabalham. Num belo dia, um dos três que não trabalham resolve que os dois que trabalham não poderão mais falar que a casa precisa ficar organizada, não poderão mais falar que estão cansados e que os três devem colaborar e economizar.
Em síntese, quem trabalha, quem literalmente carrega e sustenta os demais não poderá falar a verdade, sob pena de ser calado à força, amordaçado. Tudo isso porque os três não querem se sentir ofendidos e, também, para justificar e alicerçar as mentiras que eles, que não trabalham, vivem inventando. Eles falam para aqueles que trabalham que são os melhores, que estudam muito, que são queridos por todos na vizinhança, etc, etc.
O trio ainda proclama na redondeza, com a ajuda de outros fofoqueiros, que são ricos, lindos e estudiosos; “que são bons de vôlei e natação”, mas tudo não passa de invenção e mentira. Na escola, até os professores acreditam, inclusive a moça da folha do setor de reprografia, alguns seguranças e uns colaboradores do setor global de audiovisual…
Os dois que trabalham estão em pânico, porque são mais fracos. Pensaram em apelar para os seus representantes, mas estes ora têm uma opinião, ora tem outra; mudam de lado ao ouvir o canto da sereia do mar das emendas.
O que fazer? Protestar e gritar e correr o risco das algemas e tornozeleiras?
Ou aguardar pela mordaça e aumentar as horas de trabalho para sustentar os três e outros três e mais trezentos?
Será que isso tudo é amor?
Ou, definitivamente, é ódio disfarçado de mentira e muita ilusão, que envolve incautos e quase inocentes brasileiros?
Fulvio Ferreira
Empresário, palestrante e treinador de equipes
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