Minha sábia avó materna, rica em adágios, dizia que quando os gatos saem, os ratos fazem a festa
Minha sábia avó materna, rica em adágios, dizia que "quando os gatos saem, os ratos fazem a festa".
Essa expressão possui uma grande amplitude e pode ser aplicada em diversas situações na vida.
Enquanto os pais saem de casa, os filhos fazem toda a bagunça que conseguirem.
Enquanto os gestores de uma empresa se omitem, os colaboradores diminuem o comprometimento.
Enquanto os professores diminuem a cobrança, o aprendizado geral cai bastante.
Enquanto o povo se esquece da política, os políticos fazem conchavos e negociatas que diretamente irão beneficiá-los.
Por isso precisamos cuidar de tudo. Ser como aquela mãe diligente que não se descuida de nada: da mamadeira ao remédio; das brincadeiras educativas ao banho.
Assim também deve ser nos negócios e na vida. O gestor de uma empresa não pode se descuidar de nada. O mercado é extremamente exigente assim como o são os clientes; não admitem erros, vacilos, mentiras ou contratos mal cumpridos.
Todavia, quando é para acompanhar, sugerir e cobrar dos políticos com mandato, o nosso envolvimento deixa a desejar. É comum ouvir dizer "eu não gosto de política" ou "a minha opinião não adianta".
Ora, é exatamente o contrário.
Quanto mais nos envolvermos, quanto mais acompanharmos a política, mais os membros dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário se sentirão observados e cobrados e terão um pouco mais de juízo nas suas decisões e mais cautela ao, porventura, fazer negociatas. Isso vale para os três níveis dos Poderes.
Nada de se encolher no sofá no conforto de sua casa, nada de se omitir. É hora de aprender a observar, acompanhar e cobrar dos governantes ações éticas, legais e que, efetivamente, sejam boas para o povo e não para um ou outro político, não para um ou outro partido. É hora, pois, de lutar pelo Brasil!
(*) Palestrante, empresário e consultor em comércio varejista