No último dia 12 de janeiro, a especialista em Economia Global Joyce Chang, do Banco JP Morgan, fez uma palestra muito importante durante a NRF 25, Retail’s Big Show, convenção do varejo mundial, que aconteceu na cidade de Nova Iorque.
O tema da sua palestra: Implicações das eleições dos EUA nas perspectivas econômicas globais.
Ela falou sobre o perfil do presidente Donald Trump, da sua preocupação global, do seu interesse em fortalecer a economia americana, inclusive do varejo, entre outros.
No tocante aos aspectos políticos, a democracia é muito defendida por ele e, certamente, países não muito ortodoxos devem ficar pragmáticos.
A representante do Banco JP Morgan, que é líder global em serviços financeiros e oferece soluções às corporações, governos e instituições mais importantes do mundo em mais de 100 países, citou por diversas vezes as economias emergentes.
Apenas uma vez ela falou do Brasil. Então, quem acha que nosso país é “a bola da vez” ou que “estamos no centro do mundo” convém rever esse pensamento. As palavras dela deixaram claro que os parceiros comerciais precisam de transparência, reciprocidade e segurança jurídica, o que tem muito a ver com a política interna.
Aos pequenos, cabe-nos trabalhar com afinco e com muito juízo, isto é, dedicação, cuidar dos custos, vender mais e comprar bem; estar atento a tudo que se passa no seu mercado e no seu ramo, manter um olho na economia nacional e o outro em todo o mundo, porque uma quebra na produção de laranja na Flórida, por exemplo, rapidamente impacta no Brasil. Um desajuste político entre o presidente americano e uma liderança do Oriente Médio certamente abala o preço do petróleo e, por fim e não menos importante, uma fala atravessada do mandatário do Brasil ou uma medida errada de algum ministro pode afetar as cotações do dólar e, da noite para o dia e literalmente, mexer no bolso do nosso cliente.
Então, muita atenção, muito cuidado e muita dedicação, pois a nossa economia é frágil, nosso governo está fraco e nós estamos ao deus-dará.