No último dia 2 de abril, terminou o período de troca partidária com vistas às eleições de 2022.
A dança das cadeiras mostrou, mais uma vez, que muitos pré-candidatos sequer conhecem o estatuto do partido ou mesmo a sua ideologia.
O objetivo maior, via de regra, é integrar uma agremiação que ofereça bom tempo de TV e rádio, que tenha uma boa participação no fundo partidário, isto é, dinheiro público para pagar uma campanha, e, por fim, uma sigla que não exija uma grande quantidade de votos para se eleger.
É uma regra geral, comum a todas as cidades e regiões, que haja muitos candidatos nas eleições para deputados. Toda pessoa que tem muitos amigos ou seguidores nas redes sociais, ou a pessoa que é popular, ou alguém que tem alguma projeção pública se acha no direito de ser candidato a deputado. Também os vereadores de cidades maiores, que porventura recentemente tiveram uma boa votação, acham-se em condições de serem eleitos como deputados.
Em verdade, todos eles estão alicerçados na legislação, todos têm direito. Porém, e na maioria das vezes, o objetivo é apenas se cacifar ou ser lembrado pelos eleitores para a próxima eleição. Aí, sabe quem perde? A sua cidade e a sua região! Isso porque essa disputa enfraquece todos os candidatos, especialmente aqueles que têm mais condições, aqueles que têm o que mostrar, aqueles que já trabalharam pela população, tendo ou não mandato.
Sabe aquela escola que está com o muro caído e com as carteiras quebradas? Pois é, reivindicar é serviço do deputado estadual. Sabe os impostos estaduais que, vira e mexe, sobem? Atuação ativa ou omissa do deputado estadual! E a estrada que não recebe manutenção, mesmo sendo pedagiada? Por certo, o deputado federal não sabe o caminho para postular em nome da região.
Essas são apenas algumas reflexões e provocações para mostrar que o excesso de candidatos é prejudicial a todos, à sua cidade e à sua região, que corre o risco de ficar sem representantes tanto no parlamento estadual quanto federal.
Então, seja um bom cidadão e entre em contato com aquele pré-candidato que você sabe que não tem chance e que apenas irá desfalcar os votos de um candidato com melhores condições.
Se muitos candidatos concorrerem a uma vaga, significa que todos morrerão na praia e a cidade e região ficarão sem representantes e amargarão um retrocesso nos próximos 4 anos.
O assunto é polêmico, mas é muito sério. Não dá para aceitar candidaturas cujos interesses não são exclusivamente com a população. Assim, bora se manifestar agora, pois daqui uns dias poderá ser tarde. Aí só daqui a 4 anos!
Fulvio Ferreira
Empresário, palestrante e treinador de equipes
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