Em algumas democracias, o voto é facultativo. No Brasil, porém, salvo as exceções previstas em Lei, ele é obrigatório a todas as pessoas de 18 a 70 anos.
Ao longo da nossa história, percebemos o quanto foi difícil que o exercício da cidadania alcançasse todas as pessoas. As mulheres, por exemplo, só passaram a poder votar em 1932 e os analfabetos, pasmem, apenas em 1985. Ou seja, ter o direito de votar é fruto de muita, de muita luta.
Em que pese algumas pessoas defenderem que o voto deveria ser facultativo, enquanto isso não ocorre, enquanto não temos maturidade suficiente, tanto do povo quanto dos políticos, nos cabe exercitar a nossa cidadania e usar do privilégio e do direito constitucional de votar.
Alguém pode dizer que não irá votar, ou que votará em branco, porque nenhum candidato o representa. Muito bem: numa primeira ótica vamos entender que essa pessoa está jogando fora a sua oportunidade de escolher, de participar das decisões do futuro do país; em outras palavras, está se omitindo, está lavando as mãos. E essa história de lavar as mãos, aconteceu há dois mil anos e não deu certo… Por outro prisma, nos deparamos com dois candidatos que possuem vidas antagônicas, que representam linhas diferentes de atuação política, que defendem governos opostos. Compreendo que você não goste de ambos, mas um deles vai ganhar. Já que você não é candidato, nesse caso, aí sim, você estaria 100% representado. Você deve, ao menos, escolher o menos pior.
Olhe sem paixão e sem influência de alguém. Enxergue com a razão e não pelos olhos da imprensa, que fatalmente desconstrói a vida de um em benefício de outro. Analise as propostas, avalie o que eles defendem. Escolha aquele cuja vida seja a vida que você defende, os princípios que você pratica e os valores que são alinhados com os seus.
Enfim, escolha e vá votar. Mesmo que seja o menos pior, vote no candidato cujas ações se parecem com a sua vida!
Boa sorte!
Fulvio Ferreira
Empresário, palestrante e treinador de equipes.
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