Lá nos anos 90, eu tive uma chefe no Grupo Escoteiro Inconfidentes que dizia a seguinte frase: “Toda vasilha tem a sua medida”.
Na década de 1970, o Sr. Antônio Marcos Pensamento da Silva, imortalizado como Antônio Marcos, compositor de alta qualidade e cantor de voz firme e vibrante, escreveu:
“Ah, o mundo sempre foi
Um circo sem igual
Onde todos, todos representam bem ou mal
Onde a farsa de um palhaço é natural”.
Parece que a direção do circo vai subindo a temperatura, vai subindo, vai subindo. E junto vão o preço do café, a quantidade de impostos, a taxa Selic, o dólar e tudo mais! Aí, quando os atores de cara pintada não aguentam mais, o que acontece? Vem o carnaval! Aí eles se esquecem de tudo, acostumam-se e abaixam a cabeça, até o próximo show!
E isso tem acontecido sistematicamente, seja com promessas levianas e não cumpridas, seja com desaforos e assim por diante.
Sempre que vou à casa de um amigo canhoto, levo comigo o apetite para comer uma carne assada e tomar uma cervejinha, mas, como está caro, ele parou de comprar...
Será que estamos seguindo a teoria de Darwin, adaptando-nos e nos acostumando? Ou distúrbios estão se formando nos oceanos e criando, paulatinamente, um tsunami?
Antônio Marcos ainda escreveu:
“Ah, no palco da ilusão
Pintei meu coração
Entreguei, entreguei amor e sonhos sem saber
Que o palhaço pinta o rosto pra viver”.
E quando acabar a tinta, quando acabar a maquiagem? O arlequim irá atuar sem máscara ou sairá do palco e irá reivindicar seus direitos, irá acertar com a direção circense?
Acho que não sei a resposta, ou sei, agora não sei...
Mas recordando dos tempos que eu ficava Sempre Alerta e lembrando da frase da chefe Marli: “toda vasilha tem a sua medida”.
A minha está cheia!