Imagina a situaçã você vai a um supermercado, se dirige à seção de bebidas e procura um vinho bem bacana, afinal, em breve, será aniversário do seu irmão e você quer agradá-lo levando um rótulo diferenciado e de muito prestígio.
Satisfeita a sua escolha é hora de ir ao caixa para acertar a sua compra. Poucos minutos na fila e chega a sua vez. A atendente que operava o caixa aproxima o código de barras do leitor e, após a leitura, o preço é anunciado na tela do seu terminal. Imediatamente, ela exclama em alto e bom tom - aquele show instantâneo que todos que estavam nas filas dos outros caixas ouviram - dizend "Nó, mais de duzentos reais! Tá podendo hein?!"
Minha experiência no varejo afirma que não existe produto classe A, B ou C. Existe produto mais ou menos caro de acordo com a sua disposição de gastar. Assim, qualquer pessoa pode comprar um produto mais caro ou mais barato; a decisão não reside necessariamente no tamanho do seu salário, mas, sim, na sua vontade.
Quantas e quantas vezes eu vendi peças caras para pessoas cujos salários eram pequenos?
Elas se preparavam, economizavam e até parcelavam, mas adquiriam o que desejavam. Uma simples questão de escolha e prioridade.
O contrário também é verdadeiro, há pessoas de posses e de rendas que por suas opções gastam pouco nas suas compras.
São pão duros? Não!
Simplesmente preferem gastar com outras situações ou nem gastam.
Então, quando você vir alguém de pouca renda comprar algo de maior valor, não questione.
De igual forma, se alguém mais abastado quiser gastar pouco, não o rotule, temos absolutamente nada com isso.
E sobre a moça do caixa... bem, lhe falta muito treinamento, discrição e entendimento.
Mas, de qualquer forma, alguém conseguiu presentear o irmão e brindar a vida, a paz, a harmonia e a saúde!
(*) Empresário, palestrante e treinador de equipes