Imagine-se dirigindo um veículo numa razoável velocidade; de repente surge uma curva que vai se mostrando ser muito fechada e perigosa, asfalto liso e molhado...
Esta é a real situação dos empresários brasileiros. Aqui, preciso lembrar que empresário é, para efeito conceitual, "dono ou dirigente de uma empresa".
Assim, o dono de uma pequena loja, de um armazém, de uma pequena fábrica é empresário.
E quase 90% das empresas brasileiras são micro ou pequenas.
E todos estes gigantes e valentes empresários são geradores de empregos, são contribuintes qualificados, grandes recolhedores e pagadores de impostos e, na maioria das vezes, são tratados como se fossem empresários que faturam milhões de reais.
Para esta maioria esmagadora a realidade é outra. Estamos num momento difícil que exige muito cuidado. Toda empresa, de qualquer porte, precisa ser gerida com muita atenção. Cuidar dos estoques, das rotinas administrativas, fiscais e contábeis com toda atenção. Evitar criar passivos que podem crescer e se tornar impagáveis são ações diretas e constantes.
Da mesma sorte a empresa precisa ter foco.
Cuidar do cliente com atenção redobrada; é nestes tempos que o binômio preço e atendimento se torna mais exigido por parte dos clientes.
A fidelidade dura na mesma proporção da conveniência.
Então é mais que urgente que o gestor de qualquer empresa esteja atento, de antenas ligadas ao que se passa na cidade e no país, com um pé na realidade e o outro no futuro que, mais dia menos dia, baterá à nossa porta.
E, muitas vezes, antecipá-lo é uma maneira de passar rapidamente pelas adversidades.
Porque não dá para simplesmente parar o carro no meio da curva e sob chuva forte. É preciso continuar a condução deste veículo com muita atenção, dedicação e zelo, sob pena de perder o controle, derrapar e capotar.
Fulvio Ferreira
Empresário, palestrante e consultor em comércio varejista