O relógio ainda não marcava sete horas quando, passando por uma rotatória, eu vi, naquela manhã fria de inverno, uma chuva de plumas.
As plumas em verdade eram painas. Logo à frente, uma frondosa paineira soltava as suas últimas contribuições para com a natureza, assumindo, doravante, sua condição de árvore seca para, humilde e silenciosamente, aguardar o processo que a primavera traz, na esperança de passar por uma mudança.
O varejo, tal qual a natureza, aqui representada pela paineira, todos os dias nos oferece painas, isto é, todos os dias nos oferece clientes, cada um com suas necessidades e com suas vontades; porém, temos que pular e pegar, ou abaixar e catar. Um a um, hora aqui, hora acolá, vamos enchendo a nossa cesta de clientes, vamos enchendo o nosso caixa de vendas.
Assim como uma dona de casa, na beleza e na simplicidade de décadas atrás, que aguardava o inverno para fazer e refazer os travesseiros de painas, o comerciante também deve aguardar o tempo certo da colheita. Porém, a ceifa é precedida, tempos antes, pelo plantio.
Garra, determinação, trabalho, fé e muita dedicação são necessários para se fazer o plantio. E cuidados diários para haver a germinação, o crescimento e depois a colheita.
No varejo é igual, não basta ter uma ideia, um estoque e uma rede social pra lá de artificial. É necessária energia positiva, demonstrada através de ações, de sorrisos e de muito suor para, enfim, após atender bem, fechar vendas e muitas vendas.
É fácil? Claro que não!
Porém, tal qual a paineira e já preconizado em Eclesiastes, há o tempo de plantar e o tempo de colher; há o tempo de cuidar da empresa, o tempo de mostrar a mercadoria e o tempo de vender!
E você, está preparado para o processo?
Fulvio Ferreira
Empresário, palestrante e treinador de equipes
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