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Casa do Folclore – 40 anos de história

A “invasão” das bravas professoras bravas: ma aguerrida classe que, desde a criação de sua entidade, vem deixando sua marca de lutas...

Gilberto Rezende
Publicado em 17/12/2016 às 11:37Atualizado em 16/12/2022 às 02:38
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Casa do Folclore – 40 anos de história

A “invasão” das bravas professoras bravas

Professoras – uma aguerrida classe que, desde a criação de sua entidade, vem deixando sua marca de lutas, sem esmorecimento, em prol da educação brasileira e na conquista do reconhecimento de seus direitos.

A sua força está na união, na justiça de seus propósitos e na garra de suas participantes.

Uberaba não poderia ser diferente. A notícia da presença na cidade de qualquer autoridade do Governo Estadual, principalmente da área educacional, sempre foi motivo para reuniões das professoras para a organização de reivindicações ou de cobranças de promessas não cumpridas.

Assim ocorreu em junho de 1991 com a notícia da chegada em Uberaba do governador Hélio Garcia para o encontro de prefeitos da região programado por

Hugo Rodrigues da Cunha, então em segundo mandato.

Na data do desembarque do governador, 7 de junho, cerca de 50 professoras da rede estadual de ensino, ao som de um “apitaço”, já o esperavam no aeroporto. Todavia ficaram frustradas por não obter autorização para se aproximarem da comitiva governamental.

Restou-lhes então uma última alternativa. Sob a liderança de Marilda Resende e Iraides Madeira, resolveram seguir o governador até a Casa do Folclore,

onde aconteceria a reunião com os prefeitos.

A intenção era abrir um canal de negociações com o Sinde-UTE, já que estavam em greve há mais de 30 dias, e que, somente em Uberaba, 37 das 47 escolas estaduais estavam paralisadas e cerca de 12 mil alunos prejudicados, segundo reportagem publicada pelo Jornal da Manhã.

Hugo conseguiu, todavia, impedi-las de seu intento com a informação de que os prefeitos já estavam atrasados em sua programação e se ofereceu para ser o portador de suas reivindicações. Só assim o governador se livrou de mais constrangimentos.

Este fato acontecido há mais de vinte e cinco anos mostra um pouco da história de vida destas destemidas heroínas, cuja luta continua mesmo depois de aposentadas. Minhas homenagens à professora Iraides Madeira, que sempre lutou pela Educação e pela nossa Cultura Popular.

Mostra também que a Casa do Folclore, que sempre foi palco de grandes decisões políticas e econômicas ao longo de seus 40 anos, é parte integrante da história de Uberaba.

Gilberto de Andrade Rezende

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