Da década de 1870 até princípio do século XX foram fundados diversos estabelecimentos de Ensino Secundário e algumas instituições de natureza cultural em seu sentido mais amplo, divergindo algumas das datas indicadas com outras fontes em decorrência de se enfatizar ora a época da criação formal ora a do efetivo início de atividade: imprensa (1874, por des Genettes com o jornal O Paranaíba); Grêmio Romântico Uberabense (1876, primeira associação literária local); Associação Dramática Uberabense (1877); Clube Literário Uberabense (1880, dele fazendo parte, entre outros, J. Gaspar da Silva, poeta e jornalista português, José Augusto de Paiva Teixeira, o Casusa, Tomás Pimentel de Ulhoa, João José Frederico Ludovice e João Caetano de Oliveira e Sousa); Colégio Piedade (1878, fundado por senador Pena e J. A. Gomes da Silva); Liceu Uberabense (1881, por Antônio Silvério Pereira, tendo, entre seus professores, frei Germano d’Annecy, Ilídio Salatiel dos Santos e J. J. Frederico Ludovice); Convento dos Dominicanos (1881); Escola Normal (1882, fundada por inciativa do senador Pena e existente até hoje com a denominação de Escola Estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco e funcionando em prédio projetado por Oscar Niemayer); Sociedade Dramática Abolicionista (1883, presidida por Belmiro Antônio Vilarouco); Sociedade Abolicionista Filhas do Calvário (1884, presidida pelo barão de Ponte Alta, tendo Tomás Ulhoa como vice, Borges Sampaio como primeiro secretário e Pedro Floro como segundo secretário, além de tesoureiro e oradores); Ateneu Literário Uberabense (1884); Colégio N. S. das Dores (1885, com essa denominação e instalações próprias desde 1895); Colégio Uberabense (1889, fundado por Paulo Frederico Barthes); Clube literário Normalista (1891, dos alunos da então Escola Normal); Instituto Zootécnico de Uberaba (1895, fundado pela lei estadual nº 41/1892, de iniciativa de Alexandre Barbosa, e iniciando seu funcionamento nesse ano, constituiu a primeira escola de nível Superior de todo o Brasil Central, que diplomou, contudo, só uma, porém, notável turma de engenheiros agrônomos, composta por Hildebrando Pontes, José Maria dos Reis, Fidélis Reis, Militino Pinto de Carvalho, Delcides de Carvalho, Otávio Augusto de Paiva Teixeira, Luís Inácio de Sousa Lima e Gabriel Lourindo de Paiva); Recreio Familiar Uberabense (1895, sociedade dramática dirigida pelo ator Bento Dantas); Seminário Episcopal (1896, de curta decoração nessa primeira fase); Grêmio Agro-Científico dos Estudantes do Instituto Zootécnico (1896, que editou a Revista Agrícola); Colégio Maria Isabel (1899, fundado por Joaquim Antônio Pinto da Fonseca).
Nesse período, foram fundados aqueles que seriam os mais importantes e duradouros jornais locais: Gazeta de Uberaba (1879, editado originariamente até 1917), Correio Católico (1896, editado periodicamente até 1º de maio de 1954, quando passou a diário, durando até julho de 1972), e, finalmente, Lavoura e Comércio (1899, diário a partir de 1929 e que durou até 24 de outubro de 2003). Até 1900 ainda foram fundados mais de setenta jornais e revistas, a maioria de efêmera duração.
A fundação do Lavoura e Comércio, ao contrário dos demais jornais, que foram instituídos por grupos de pessoas, partidos políticos ou os próprios gráficos, surgiu de decisão coletiva em assembleia de mais de 130 (cento e trinta) comerciantes e agropecuaristas reunidos em torno do Clube da Lavoura e Comércio, criado para combater o imposto territorial estabelecido pelo governo mineiro de Silviano Brandão. Seu primeiro diretor foi o advogado, político e atuante líder Antônio Garcia Adjuto, que era o secretário do referido clube.
Fundou-se, ainda, em 21 de abril de 1881, o primeiro jornal republicano de Uberaba, O Tiradentes, que durou um ano e meio.
Em 1881, transitou por Uberaba a caminho de Goiás, para assumir a presidência daquela província, o deputado federal Joaquim de Almeida Leite Morais, futuro avô materno do escritor Mário de Andrade, cujo pai o acompanhou como ordenança, sendo que Leite Morais posteriormente escreveu o livro Apontamentos de Viagem, com inúmeras referências a figuras uberabenses, sendo, ainda, candidato à Câmara Federal por Uberaba.
Nesse mesmo ano de 1881, esteve em Uberaba Virgílio de Melo Franco, que na obra Viagens Pelo Interior de Minas Gerais e Goiás comentou aspectos da cidade.
Em 1888, foi organizado o até hoje existente terno de congada Minas Brasil, antigo Verde-Amarelo, por Vicente Mapuaba, Joaquim Teodoro e João Fidélis, utilizando as cores verde, amarela e branca.
Em maio de 1889, foi realizada na cidade pelo médico Joaquim Antônio de Oliveira Botelho Filho a primeira cirurgia no Brasil Central, no caso, de grande cisto ovariano.