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Atividades Culturais em Uberaba: Década de 1950 (III, Final)

Guido Bilharinho
Publicado em 06/10/2025 às 18:14
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Arquitetura

Nessa década, salientaram-se o prédio de estilo moderno da antiga Escola Normal Oficial (hoje Escola Estadual Marechal Humberto Castelo Branco), de 1959, e a cobertura da praça Afonso Teixeira, ambos de autoria de Oscar Niemayer.

Debate “Lógica e Gramática”

Em 1954, a convite de alunos da faculdade de Direito do Triângulo Mineiro, o bispo dom Alexandre Gonçalves Amaral e o professor de Português Santino Gomes de Matos travaram debate público no salão nobre da faculdade a respeito de “Lógica e Gramática”, retomado posteriormente por d. Alexandre em rodapés quase diários no Correio Católico, de 7 de novembro de 1955 a 30 de dezembro seguinte.

Ciências

Em 1950, o médico Adib Jatene realizou a primeira cirurgia cardíaca efetuada em Uberaba.

No setor científico salientaram-se ainda as pesquisas sobre cardiopatia chagásica, encetadas, a partir de meados da década, pelo médico Edmundo Chapadeiro, recém-chegado à cidade para lecionar na faculdade de Medicina. Em 1958, o médico Adib Jatene, clinicando na cidade desde o início da década, idealizou e construiu o coração-pulmão artificial.

Festival Universitário de Arte

Realizaram-se em 1955 e 1956 o I e II Festival Universitário de Arte, organizado e dirigido pelo jornalista César Vanucci, apresentando concertos musicais, teatro, espetáculos de balé, exposições de artes plásticas e conferências proferidas por d. Alexandre Gonçalves Amaral, padre Juvenal Arduini, Paulo Pinheiro Chagas, Celso Brant, Fábio Lucas, Moacir Laterza e Arminda Correia Lima.

Museu

As irmãs dominicanas do Colégio N. S. das Dores iniciaram a coleta e organização do museu instalado na capela do colégio, que, com o passar dos anos, reuniu mobiliário, material didático, uniformes, mapas, fotografias, documentos, objetos sacros e artefatos do cotidiano brasileiro.

Livrarias

Nessa década, algumas vindas dos anos 40, pontificaram na venda de livros e de material escolar as livrarias São Bento, Católica, ABC, Jardim e A Escolar.

Biblioteca Municipal

Em 1951, o vereador José Soares Bilharinho apresentou sugestão ao prefeito para adquirir área no centro da cidade para a construção de biblioteca que mantivesse também o Arquivo Público do município, visto que, à época, a considerada Biblioteca Municipal ocupava apenas pequena sala alugada no prédio ao lado da Prefeitura, que, por sua vez, ocupava parte do prédio da Câmara na praça Rui Barbosa.

Rádio

Em 1955, foi ao ar a Rádio Difusora de Uberaba, segunda emissora radiofônica instalada na cidade.

Fotografia

Em janeiro de 1957, foi promovida no saguão do Jockey Club Exposição de Fotografias do fotógrafo e cinegrafista João Schroden Júnior, visitada por centenas de pessoas. Obras que as leis municipais referentes ao Patrimônio Cultural não contemplam nem protegem.

Autores e Livros

No decorrer desses anos foram publicados, entre outros, de autoria de escritores uberabenses, residentes ou não na cidade, livros de BIOGRAFIAS: Ensaios Biográficos (1951), de Antônio Gontijo de Carvalho; História Verídica (1956), de Dalila Soares Azevedo. CONTOS: Miragem (1956), de Soares de Faria; Contos Miúdos (1958), de Edson Prata. CRÔNICAS E ARTIGOS: Tribo (1954), de Válter Campos de Carvalho; Fragmentos (1958), de Iná de Sousa. ENSAIOS: Planejamento Geral dos Serviços Administrativos Municipais (1954), de José Soares Bilharinho; O Zebu e o Indubrasil (1955), de Osvaldo Afonso Borges; As Caixas Econômicas Sob o Impacto da Legislação Fragmentária (1956), de João Henrique Sampaio Vieira da Silva; Sanhana (s.d.), de Mauro Morais e Castro. FICÇÃO CIENTÍFICA: Viagem Interplanetária (1956), de Soares de Faria. MEMÓRIAS: Recordações da Vida Pública (1958), de Alaor Prata. POESIA: Procissão de Encontros (1950), de Santino Gomes de Matos; Fiandeira (1951), de Eva Reis; Canto Que Amanhece (1955), de Moacir Laterza; Páginas da Vida (s.d.), de Mauro Morais e Castro; Fuga (s.d.), de Angélica Milena Riccioppo. ROMANCES: Solteiros no Civil e Religioso (1952), de Eduardo Palmério; Vila dos Confins (1956), de Mário Palmério; A Lua Vem da Ásia (1956), de Válter Campos de Carvalho; Riachão (1956), de Raimundo Rodrigues Albuquerque; A Noite é Nossa (1957), de Eduardo Palmério; Salvador Que Não Salvou (1957), de Soares de Faria.

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