Associações Culturais
A década iniciou-se com a fundação, pelo padre Juvenal Arduini, do Centro de Estudos Sociais em 1960.
Em 1961, instalou-se a subsecção da Associação Brasileira de Odontologia, que, quatro anos depois, inaugurou sua sede própria.
O ano de 1962 talvez seja o recordista em fundação de associações culturais na cidade, nada menos de quatro: Instituto de Folclore do Brasil Central, em maio; Cine Clube de Uberaba, em agosto; Academia de Letras do Triângulo Mineiro e Foto Clube de Uberaba, ambos em novembro.
Instituto de Folclore
Fundado e dirigido inicial e principalmente por Edelweiss Teixeira, Maurilo Cunha Campos de Morais e Castro e Edson Prata, estando, entre suas realizações mais importantes, a “Semana do Folclore” anualmente.
Cine Clube de Uberaba
Organizado e dirigido principalmente por Paulo Vicente de Sousa Lima, José Sexto Batista de Andrade, Lincoln Borges de Carvalho, Clarkson de Castro Silva e Guido Bilharinho, além de Benedito Teixeira no setor técnico, dedicou-se a projeção de filmes, debates, cursos de cinema e publicação na imprensa de artigos teóricos e críticos, de avaliação mensal de filmes na “Bolsa de Cinema” e de seleção anual dos “Dez Melhores Filmes” projetados na cidade, estas últimas atividades contando, no decorrer do tempo, com a participação de Jorge Alberto Nabut, César Vanucci, Carlos Roberto Lacerda, Mário Edson Ferreira de Andrade, Demilton Dib e Luís Antônio Rossetti.
Academia de Letras do Triângulo Mineiro
A Academia deveu seu impulso inicial a José Mendonça, padre Juvenal Arduini e Edson Prata, que efetuaram convites a diversos escritores e intelectuais para participar de sua fundação: João Cunha, Augusto Afonso Neto, Raimundo Rodrigues Albuquerque, Santino Gomes de Matos, Vítor de Carvalho Ramos, padre Tomás de Aquino Prata, Rui Novais, Ari Rocha, padre Antônio Tomás Fialho, César Vanucci, dom Alexandre Gonçalves Amaral, Maurilo Morais e Castro, Lúcio Mendonça, Georges Jardim, Quintiliano Jardim, João Henrique Sampaio Vieira da Silva, Lauro Fontoura, Antônio Édison Deroma, Mário Palmério, Jaci de Assis, João Edison de Melo, Licídio Pais, Soares de Faria e Pereira Brasil. Desde logo passou a realizar reuniões e começou a editar, em 1964, sob a direção de Edson Prata, a coleção “Cadernos” com trabalhos de seus componentes, promovendo nesse mesmo ano o concorrido primeiro ciclo do Curso de Literatura e, em 1965, o segundo ciclo.
Treze constituíram os “Cadernos da Academia”: O Visconde de Taunay e o Triângulo Mineiro (1964), de José Mendonça; Dom Casmurro e o Pessimismo de Machado de Assis (1964), Machado de Assis e o Direito do Trabalho (1965) e Estudos de Literatura do Triângulo Mineiro (1967), todos de Edson Prata; João da Cruz e Sousa - Brasil, Poema (1964), de Leonardo Smeele; Trovas, de Raimundo Rodrigues Albuquerque; A Cigarra - Um Mínimo de Ciência, Estórias e Arte Literária, de Eurico Silva; Dois Discursos, de padre Tomás Prata; Um Sorriso no Abismo (1968), de Marçal Costa; História Topográfica da Freguesia do Uberaba, Vulgo Farinha Podre (1970), de vigário Silva; A Alma do Povo na Poesia Brasileira (1970), de Lúcio Mendonça; Os Que Não Morrem e o Que Deve Morrer (1970), de João Cunha; Elogio de Clementino Fraga (1971), de José Soares Bilharinho.
Foto Clube de Uberaba
O Foto Clube teve, entre seus fundadores, José Fonseca, José Cleito Lopes, Eugênio Maria Diniz, Aquiles Riccioppo, Carl Schrage e Nélson Santos Anjo, promovendo exposições e intenso intercâmbio.
Em 1969, por exemplo, foram realizados pelo Foto Clube Uberaba o IV Salão Nacional e o I Salão Internacional de Arte Fotográfica, sob planejamento e organização de Carl Schrage, Eugênio Maria Diniz, José Cleito Lopes e José Fonseca, com participação de vinte e um países, recebendo placas de ouro, em fotografias preto e branco, o argentino Pedro Luís Raota e os brasileiros Amado Gomes do Carmo e Francisco Aszmann, e, em fotografias a cores, Lam Ming, de Hong-Kong, que também ganhou a placa de prata, sendo a de bronze obtida por Clarence Kan, também de Hong-Kong.