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Atividades Culturais em Uberaba: Década de 1960 (III)

Guido Bilharinho
Publicado em 25/10/2025 às 11:53
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Coral Artístico Uberabense

No campo musical ocorreu, em novembro de 1960, a apresentação oficial e pública do Coral Artístico Uberabense, fundado pela pianista Odete Carvalho de Camargos em 1958. Em 1967, deu-se a doação ao Estado de Minas pelo maestro e compositor Alberto Frateschi e sua esposa, professora Alda Lóis Frateschi, de todo o acervo do Conservatório Musical, que a partir de então passou a ser denominado Conservatório Estadual de Música Renato Frateschi.

Festivais de Música

No decorrer da década foram realizados diversos festivais de música. Em 1966, I Festival de Música do Triângulo Mineiro, patrocinado pelo Correio Católico e organizado por Jorge Henrique Prata Soares, saindo vencedora música de André Novais. Em 1968, I Festival do Chapadão de Música Popular Brasileira, promovido pela coluna “Observatório”, publicada diariamente pelo jornalista Ataliba Guaritá Neto no Lavoura e Comércio, organizado também por Jorge Henrique Prata Soares, obtendo o primeiro lugar a composição “Sarrafo”, música e letra de Pedro Ernesto de Oliveira. Em 1969, ocorreram nada menos de três festivais: I Festival Universitário da Música Brasileira, promovido pelo Correio Católico, idealizado e organizado por Hélio Bessa e Luís Cláudio, sendo vencedora “Rosa Industrial”, música de Paulo Edson Ferreira e letra de Xico Chaves, à época ainda assinando Francisco Bastos; II Festival Chapadão de MPB, organizado por Ataliba Guaritá Neto e Jorge Henrique Prata Soares, obtendo o primeiro lugar “Reencontro”, música e letra de André Novais; I Festival de Música Interna do Diocesano, organizado pelo grêmio Dois de Maio, dos alunos do Colégio Marista Diocesano, presidido por Haroldo Toti, tendo como vencedora a música “Viva Rosa”, de Paulo César Ribeiro de Almeida e Cairo Otaiano Jr., obtendo o segundo lugar a música “Agitação”, de Luiz Guaritá Neto e Luiz Afonso Ribeiro Assunção.

Banda do Lar Espírita

Em julho de 1966, a banda do Lar Espírita, composta de 24 (vinte e quatro) meninas e seu instrumental, consistente em pistom, saxofone, requinta, clarineta, trombone, bombardino, baixo, pratos, bombo, tarol e surdo, excursionou, apresentando-se no Rio de Janeiro, São Paulo, Araras, Rio Claro, Limeira, Piracicaba, Americana e Osasco, com repertório de mais de 40 (quarenta) músicas distribuídas em marchas, dobrados, cateretês, sambas, hinos, valsas e canções.

Concurso de Piano

Em 1968, foi realizado o 1º Concurso de Piano de Uberaba, promovido pelo Instituto Musical Uberabense e seu diretório acadêmico Odete Camargos, saindo vencedoras, empatadas, na categoria de pianistas diplomadas, Maria Nilce Martinelli, de Uberaba, e Cristina Maria Pavan Capparelli, de Uberlândia.

Arquitetura

Após o primeiro arranha-céu, em 1941, com a construção do Grande Hotel, e o início, pelos fins da década de 1940 e princípios da década seguinte, das construções dos edifícios Equitativa (atual Everest) e Delta (atual Abadia Salomão), ambos ainda sem garagem e permanecidos inacabados por aproximadamente 15 (quinze) anos, Uberaba iniciou sistemática edificação de altos prédios na década de 1960, salientando-se, nesse período, os arquitetos Germano Gultzgoff, com os edifícios Pedro Salomão (1964), Rio Grande (1964) e Rio Verde (1966), e César Barney, com o edifício Rio Negro (1968).

Periódicos

Na área da imprensa, registraram-se diversas significativas ocorrências. Em setembro de 1964, iniciou-se no Correio Católico a publicação semanal da Página Cultural sob a direção do jornalista César Vanucci, editada até meados do segundo semestre de 1965. Lançamento, em 1965, da revista cultural Momento, dirigida por Rubens de Melo, Marco Antônio Escobar e Ronaldes de Melo, órgão do Instituto Cultural Euclides da Cunha, de finalidade pedagógica e cultural. A inauguração, em 1968, da Rádio 7 Colinas. A edição, a partir de julho de 1968, do Suplemento Cultural do Correio Católico, organizado por Guido Bilharinho e que atingiu, quatro anos depois, em julho de 1972, quarenta números. Nele encontraram espaço, pela primeira vez, os hoje poetas de gabarito universal Jorge Alberto Nabut e Carlos Roberto Lacerda, além de Xico Chaves, e foi promovido o despertar de novo interesse pelos estudos históricos locais.

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