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Atividades Culturais em Uberaba: Década de 1970 (II)

Guido Bilharinho
Publicado em 18/11/2025 às 21:46
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Cinema

Aconteceu em 1974 a realização do primeiro filme de ficção em Uberaba, Clarinda e Anastácio, em cores e duração de 45 minutos, com direção, enredo e roteiro de Jorge Alberto Nabut, e produção e fotografia de Carlos Alberto Jacó. O mesmo Jorge Nabut ainda realizou, em 1976, o filme As Estações. Em 1977, o escritor Joaquim Borges dirigiu o documentário cinematográfico sobre a religiosidade popular intitulado Peregrinação, colorido, com duração de 8 (oito) minutos. Em 1979 foi efetivado, por iniciativa e direção de Gilberto de Andrade Resende, o documentário cinematográfico Tradição de Folia de Reis no Brasil Central.

Na área dos estudos cinematográficos foi publicada na revista Convergência nº 07, de 1976, as seleções anuais do Melhores Filmes Projetados em Uberaba de 1962 a 1975, efetuadas por dirigentes do Cine Clube de Uberaba.

Em novembro de 1977, Antônio Carlos Ferreira, Alguimar Morotti Escobar e Carlos Henrique Scalon fizeram ressurgir o Cine Clube de Uberaba, exibindo filmes no decorrer de 1978.

Folclore

No setor de folclore, além da continuidade das manifestações tradicionais, destacou-se a fundação, em 1974, da Casa do Folclore, por Gilberto de Andrade Rezende, que organizou, e foi continuamente enriquecendo, notável arquivo de músicas folclóricas locais, regionais e nacionais, como catira, folias de reis, congadas, moçambiques, cavalhadas, bumbas-meu-boi e folclore indígena, em vídeos e gravações. Nesse mesmo ano foi fundado por João Alves o terno de moçambique Nicolau Mateus. Com promoção da Secretaria Municipal de Turismo, realizou-se em 1978, na Concha Acústica, o I Festival Regional de Catira. Em junho desse ano foi publicado pelo Jornal da Manhã o suplemento especial Catira – A Poesia do Sertão, com pesquisa e texto de Gilberto de Andrade Rezende.

Em outubro desse mesmo ano, publicou o Jornal da Manhã suplemento especial dedicado a Manuel Rodrigues da Cunha, O Poeta do Sertão, também com pesquisa e texto de Gilberto de Andrade Rezende.

Ensino

Na área educacional foi fundada, em 1970, por Dulce Fernandes Andrade Ferreira, a escola de artes Odilon Fernandes, que chegou a oferecer 40 (quarenta) diferentes cursos, e ocorreu, em 1972, notável ampliação dos cursos superiores mantidos pela Sociedade de Educação do Triângulo Mineiro, que se reuniram numa federação universitária, sob a denominação de Faculdades Integradas de Uberaba (FIUBE), com o acréscimo dos cursos de Psicologia, Educação Física e Técnica Desportiva, Pedagogia e Estudos Sociais e, em 1974, do curso de Comunicação. Em 1973, a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) instituiu a Fundação Educacional Para o Desenvolvimento das Ciências Agrárias (FUNDAGRI), visando a criação de cursos superiores na área, sendo, em 1975, autorizado a funcionar o curso de Zootecnia. No ano de 1974 foi criado, na Faculdade de Ciências Econômicas, o curso de Administração de Empresas. Os cursos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras congregaram-se na FISTA - Faculdades Integradas Santo Tomás de Aquino.

Edição de Livros Históricos

Em 1970, em salão do Jockey Club completamente lotado, deu-se o lançamento, pela Academia de Letras do Triângulo Mineiro, da monumental História de Uberaba e a Civilização ao Brasil Central, de Hildebrando Pontes.

Com dotações da Bolsa de Publicações do Município de Uberaba, instituída pela Lei Municipal nº 2.050/70, promoveu a Academia uma série de edições de outros livros históricos, alguns inéditos até então, ou publicados anteriormente apenas esparsamente, em jornais e revistas.

Imprensa

Em 1972 deu-se a suspensão da circulação do Correio Católico e o surgimento, com a aquisição de seu acervo, do Jornal da Manhã, sob direção de Edson Prata.

Periódicos

Em 1971, a Academia iniciou, por iniciativa de Edson Prata, a publicação de sua revista, denominada Convergência, a partir de seu segundo número, no qual foram publicados os dois primeiros capítulos do romance inédito de Mário Palmério, Confissões de Um Assassino Perfeito, permanecido, ao que tudo indica, inacabado.

Em 1972 procedeu-se a edição pela FISTA, sob a direção de Eduardo R. Junqueira Guimarães, do periódico Série Estudos e, em 1979, começou, dirigida pela professora e ensaísta Vânia Maria Resende, a série Antologia Literária Infanto-Juvenil Vinícius de Morais. Em 1977, sob a direção de Adib Miguel, passou a ser editada a revista Destaque.

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