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Uberaba: Equívocos Históricos (III) - Os “aniversários” de Uberaba

Guido Bilharinho
Publicado em 16/05/2025 às 18:47
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Consideram-se o dia 2 de maio e, agora, o dia 2 de março como “aniversários de Uberaba”, o que não são e nunca foram. Tais datas são aniversários da elevação da vila à categoria de cidade e de criação da freguesia de Uberaba, respectivamente.

A Câmara dos Vereadores não se enganou. A Constituição do Município, a Lei Orgânica Municipal, de 1990, dispunha em seu artigo 194 o dia 2 de maio como “o Dia do Município como data cívica” e a partir de 1995 passou, já remarcado o assunto para o artigo 195, a fixar o dia 2 de março como “Dia de Uberaba”.

Igreja Santa Rita e Museu de Peiropólis

Até a igreja de Santa Rita foi vítima de falsa informação, mesmo sendo assaz conhecido o ano de sua construção em 1854. Não é que até mesmo em publicidade oficial institucional da Câmara Municipal, publicada em página inteira do Jornal de Uberaba, de 1º de março de 2015, e no Jornal da Manhã do dia seguinte, foi informado o ano de 1894 (noventa e quatro!).

Aliás, essa mesma publicidade não se contentou em desinformar o referido ano, perpetrando outro erro ao designar para a fundação do Museu de Peiropólis o ano de 1924 (vinte e quatro!), quando é de 1992.

Guerra do Paraguai

Em resposta à entrevista publicada pelo Jornal da Manhã, de 2 de março de 2014, foi dito que Uberaba “em 1856 sedia pelotão que combateu na Guerra do Paraguai”.

Não foi em 1856 e nem foi só um “pelotão”. A ocorrência deu-se em 1865 e foi todo um exército, denominado Força Expedicionária Brasileira.

Hotel do Comércio e Observatório Meteorológico

Em livro editado em 2004, que narra acontecimentos de 1865, foi informado que “ao lado da casa do delegado, na mesma rua Direita, ficava o Hotel do Comércio, o único da cidade”. Não ficava, já que o referido hotel só foi inaugurado em 1876.

Por sua vez, na p. 16, informou-se que em 1865 já se “tinha montado um observatório meteorológico”. Isso ocorreu muito posteriormente.

Oficina do Fabrício

Nesse mesmo livro, às p. 23 e 80, afirmou-se que “essa oficina se localizava na margem direita do córrego das Lajes, abaixo do morro da Onça”. Pouco provável, senão improvável, já que o alto do Fabrício ficou assim conhecido porque nele, lá no alto, situava-se a oficina do Fabrício, constando ser no topo da atual rua João Caetano, esquina com rua Senador Pena, na confluência de ambas com a praça Santa Teresinha.

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