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Convivência

Heloisa Helena Valladares Ribeiro
Publicado em 21/08/2023 às 18:36
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Entre vários significados, convivência é a arte de viver consigo próprio e com os outros. Levar o homem ao interior de si mesmo é complexo e nós não incluímos esse desafio em nossa formação moderna.

O homem precisa de um tempo para dialogar com ele mesmo, isto é, de uma solidão positiva, contrária ao isolamento. A educação ensina a saber como, mas não a saber por que, nem para que, nem para onde, que seria o objeto propriamente dito da reflexão.

Muitas vezes o homem quer se encontrar como a música “Casa no Campo”: “Eu quero uma casa no campo... Onde eu possa ficar no tamanho da paz... Onde eu possa plantar meus amigos, meus discos, meus livros e nada mais”. Essa música interpretada por Elis Regina, foi composta por José Rodrigues Trindade e Luís Otávio de Melo Carvalho e traz o convite à internalização.

Todos os seres nasceram para ser felizes, fazendo a sua própria atividade.

A humanidade está vivendo muitos conflitos de opiniões. Não estamos sabendo conviver com quem pensa diferente de nós e nisso vamos tumultuando as relações, seja com parentes ou amigos.

É preciso estar desarmado para refletirmos sobre a questão. Se todos nós pensássemos iguais, ninguém cresceria e as alienações seriam idênticas, sem que a nossa consciência caminhasse para o amadurecimento.

Todos nós temos algo para ensinar e algo para aprender. Com humildade, ânimo e amizade, todos somos favorecidos.

Muitas vezes, por carência, deixamos a nossa individualidade para sermos aceitos pelo grupo. Isso ocorre com frequência na adolescência quando se abre mão de muitas coisas para poder ser admitido onde todos pensam igual, vestem igual, falam igual e o jovem paga um alto preço. Durante a convivência, seja na fase adulta ou na madureza, podemos passar por isso, se não tivermos autonomia no pensamento; coisa rara na história.

Grandes homens foram capazes de pensar por si mesmos; a liberdade de formar a própria convicção traz ao homem a sabedoria, a justiça e o amor.

Cito “Sócrates” em sua famosa frase: “Ninguém faz o mal voluntariamente”. Ouso ainda dizer que o dia em que o homem buscar estudar a si próprio, o que é, donde vem, para onde vai, o que pretende, o que pode e o que não pode ou não deve fazer; o mal restará reduzido drasticamente.

Outro a que me refiro e que deu exemplo a todos nós foi “Gandhi”, em seu famoso pensamento: “As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo?” Mesmo sendo seres diferentes na forma de caminhar, todos nós marchamos em direção à preservação do Planeta e do Sistema Solar.

Preciso é divulgar o bem, falar o bem, pensar o bem e fazer o bem. Nada melhor do que trazer o pensamento de Francisco Cândido Xavier, o Espírito imortal que seu exemplo nos deixou: “O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.”

Conviver é isso, aceitar, acolher, amar.

Heloisa Helena Valladares Ribeiro
Advogada e membro do IBDFAM
@heloisaribeiro1704     
@valladaresribeiro.advogados

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