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José, pai de Jesus

Heloisa Helena Valladares Ribeiro
Publicado em 24/03/2024 às 08:05
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José viveu há dois mil anos e, segundo os historiadores, é complicado comprovar fatos essenciais de sua biografia. Se o pai de Jesus teve uma vida simples e morou em uma região pobre, são pouquíssimas as chances de registros oficiais preservados.

José se tornou indispensável no cristianismo, que surgiu na Palestina. Naquela época, a tradição judaica acreditava na vinda de um Messias, o redentor, o salvador, o filho de Deus, cuja chegada seria uma proteção para todos aqueles que acreditassem nele.

Na Bíblia vamos encontrar referências a José, como o humilde carpinteiro (Evangelho de Mateus, Capítulo 13, versículo 55), esposo de Maria (Evangelho de Mateus, Capítulo 1, versículo 18) e Evangelho de Lucas, Capítulo 1, versículo 27); homem justo (Evangelho de Mateus, Capítulo1, versículo 19) e sonhador (Evangelho de Mateus, Capítulo 1 e Capítulo 20, versículo 2). Em Belém, ajustando-se num estábulo, com sua esposa assistiu ao nascimento do Messias (Evangelho de Lucas, Capítulo 2, versículo 7) e foi testemunha da adoração dos pastores (Evangelho de Lucas, Capítulo 2, versículos 8-20) e dos Magos (Evangelho de Lucas, Capítulo 2, versículos 1-12).

José foi um homem forte, que em sonho ouviu a voz de Deus e se tornou pai adotivo de Jesus. José foi o pai amado, o pai na ternura, o pai na obediência, o pai no acolhimento, o pai na coragem criativa, o pai trabalhador e o pai na sombra. Encontramos estudos que enxergam José à sombra do Pai, obediente a Deus, pois respeitou totalmente a vida, vocação e missão de Jesus Cristo.

Hoje sabemos a importância da paternidade e que são definidos na infância os caminhos que identificam a personalidade do adulto; com o pai presente ou ausente, agressivo ou equilibrado, trabalhador ou preguiçoso, permissivo ou participativo, abusivo ou protetor.

O historiador, filósofo e teólogo Gerson Leite de Moraes, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie, afirma que tudo o que sabemos a respeito de José se baseia em três tipos de fontes: “os evangelhos, o material que chamamos de [textos] apócrifos e a tradição”.

Não há modelo perfeito, contudo, estando como pais é preciso comportamento ético e equilíbrio entre “a alta afetividade e a alta exigência” de acordo com a doutora em Psicologia e professora sênior da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Lídia Weber.

“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino” 1 Coríntios 13:11.

Atualmente vivemos grandes conflitos em virtude do EGO, a palavra vem do latim e significa EU. “As guerras são reflexo direto da necessidade egocêntrica de dominar sobre o outro” (Anderson Machado, Primeira Hora, 03/03/2022).

“Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres” (Evangelho de Mateus, Capítulo 26, versículo 39).

E assim como JOSÉ foi obediente a Deus, JESUS, seu filho, seguiu seu exemplo, que até hoje impacta o comportamento humano.

Na Sexta-feira Santa, quando muitos cristãos relembram a morte de Jesus, mantendo viva a esperança, que possamos usar a reflexão, palavra que vem do latim reflectus de re-flectus, que significa ação de dobrar, curvar. Ser humilde não é fácil, mas é possível!

Heloisa Helena Valladares Ribeiro
Advogada e Membro do IBDFAM
@heloisaribeiro1704
@valladaresribeiro.advogados

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