O Suicídio é tido como o ato de a pessoa tirar a própria Vida. Muitas vezes, o desgosto pela Vida se apodera de certos indivíduos, vindo o tédio e ainda a descrença da Vida futura.
Há sinais de alerta que atingem os indivíduos, como preocupações com a própria morte ou a falta de esperança; expressões de ideias ou intenções suicidas e se isolam das demais pessoas.
Deus nos deu a Vida e só a Ele cabe o direito de dela dispor. O suicídio constitui um ato contra a lei divina.
“Lancem sobre [Deus] toda a sua ansiedade, porque Ele cuida de vocês.” (1 Pedro 5:7).
Dizem os Espíritos que, depois da morte por suicídio, os problemas que se tinham antes são agravados e acrescidos outros de maior gravidade, porque o Espírito do suicida descobre que continua vivo e comprometido até o pescoço (“O Livro dos Espíritos”, Questões 943 a 957, IDE, Allan Kardec, Tradução Salvador Gentile, 1993).
Falta ao suicida a energia e coragem necessárias para que possa enfrentar os obstáculos que o estão empurrando para o ato extremo. Ligue 188, Centro de Valorização da Vida, e seja acolhido.
“O verdadeiro amigo ama em todos os momentos e se torna um irmão em tempos de aflição” (Provérbios 17:17).
Cabe nesse momento orar e avaliar nessas situações e ativar a inteligência espiritual, a cognitiva, a racional, a emocional, mergulhar nos desafios, identificar o que nos leva às ideias suicidas e agir, pedir ajuda, buscar profissionais capazes de nos auxiliarem e dialogar com familiares e amigos; não nos isolarmos.
O ato do suicídio pode ter atenuantes e agravantes e, muitas vezes, a responsabilidade poderá atingir não só aquele que praticou, mas também terceiros, que tenham se envolvido ou colaborado para que o suicídio acontecesse.
Nenhuma atitude errada que cause vergonha justifica o suicídio, pois é puro egoísmo, e aquele que pratica o suicídio para impedir que a humilhação caia sobre si ou sua família também age de forma equivocada e terá que arcar com as consequências.
Muitas vezes, o homem tira a Vida na esperança de chegar mais depressa a um lugar melhor. Nesse caso, o Espírito vaga no espaço como se fosse um nômade no deserto, cheio de necessidades físicas que pertencem à terra, em dificuldade e desespero.
A Vida terrestre não deve ser antecipada, nem mesmo em situações em que se possa perceber o fim, pois um único minuto de Vida pode ser útil para o Espírito que nesse instante pede perdão e se arrepende de seus erros, dando condições de melhor ser recebido no outro lado da vida.
Aqueles que não se conformam com a perda das pessoas queridas e se matam na esperança de as encontrarem também cometem suicídio e terão aflições ainda maiores do que as que iriam sentir e, ainda, continuarão afastados desses entes queridos.
As consequências do suicídio são diversas, desde a decepção de continuar vivo, a tristeza de verificar que os problemas continuam agravados por outros, o desequilíbrio, sofrer acusações dos Espíritos impuros, medo do desconhecido, visões perturbadoras de terem tirado a própria Vida.
“As pessoas saudáveis não precisam de médico, mas sim os doentes.” (Mateus 9:12).
Por mais amargurada que lhe pareça a Vida, o homem pode evocar meios de minimizar a situação. A luta pela Vida, assumindo os compromissos, constitui a educação do ser. Viver é tecer o agasalho necessário para o corpo se cobrir do frio que atinge a todos um dia.
Heloisa Helena Valladares Ribeiro
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@valladaresribeiro.advogados