ARTICULISTAS

Nada de novo

Heloisa Helena Valladares Ribeiro
@heloisaribeiro1704 @valladaresribeiro.advogados
Publicado em 10/06/2024 às 18:06
Compartilhar

Passados mais de trinta dias do desastre ambiental ocorrido no Rio Grande do Sul, na condição de expectadores, cabe-nos uma profunda reflexão: Em todo o estado, as águas tomaram 85% do território, afetando ao menos um milhão de gaúchos.

O aumento das chuvas no Sul da América do Sul é consequência do efeito El Niño. São múltiplos fatores que fazem com que a natureza nos devolva aquilo que damos a ela, o chamado efeito eco. Enquanto ignorarmos esse efeito, atravessaremos séculos e séculos de desastres ambientais. Sendo a questão não apenas material, mas sobretudo comportamental. O meio ambiente como matéria de aprendizagem nas escolas trará a seriedade, como reflexo em nosso comportamento.

O Brasil não cumpre as regras mínimas no que diz respeito ao leito dos rios, à mata ciliar, a não adaptação dos reservatórios e às alterações do clima. Ao contrário, permite construções em lugares impróprios, não respeitando a dinâmica dos rios, a conservação dos parques, a área de preservação e as encostas que têm uma legislação sustentável.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, “os impactos ambientais só são tidos como desastres ambientais quando os seus danos e prejuízos são incalculáveis e de difícil restituição”. https://www.defesacivil.pr.gov.br/

Dentre as áreas mais afetadas pelas enchentes, foram divulgados os vales dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Sinos, Gravataí, além do Guaíba, em Porto Alegre, e da Lagoa dos Patos, em Pelotas e Rio Grande. Discorrendo o nome dos rios, Taquari vem da palavra “Taquara” (Tupi-Guarani) e significa bambu, sendo este um material renovável, substituto da madeira, com grande durabilidade, substituto do aço em função de sua resistência.

Outro rio a se destacar é o Jacuí, que vem da palavra “Iacu-i” (Tupi-Guarani), “Rio dos Jacus”, tipo de ave comum da região da época; ou ainda “I- Acui”, cujo significado é rio enxuto, temporário. Esse rio é de vital importância para o estado e os municípios onde passa, sendo fonte de irrigação de lavouras, sustentando famílias que dependem da pesca e possuindo diversas áreas licenciadas para extração de areia e muito utilizado para passeios e esportes náuticos.

A natureza tem leis progressivas de conformidade com a sabedoria do Criador, sofrendo o homem as ações que lhe impõe. Enquanto não mudar o comportamento, passará pelo que tiver de passar. Dele depende as condições da reconstrução, que será feliz ou desgraçada, conforme a resposta para o futuro, podendo elevar-se desde que em consonância com as leis e o meio ambiente, não precisando mais temer.

Glauco Olinger (2021, p. 31) é feliz ao afirmar: “No dia em que o humano deixar de jogar lixo, esgoto, veneno tóxico e sujeira de toda espécie sobre os mares, oceanos, rios, lagos e lagoas, essas águas, em tempo relativamente curto, voltarão a ser limpas e cristalinas”.

Sejamos solidários com as vítimas das tragédias ambientais. A Terra é nossa atual escola dentro da criação de Deus, mas não é somente neste Planeta que despertamos lições e recebemos valores. Procuramos vida em todas as dimensões. Hábitos diários como economizar água, economizar energia, economizar papel; ter um dia por semana vegetariano, reduzir o consumo de plástico, contribuem para o processo de educação ambiental e nos dá sabedoria para lidar com os segredos do Universo.

 Heloisa Helena Valladares Ribeiro

Advogada e Membro do IBDFAM

@heloisaribeiro1704    

@valladaresribeiro.advogados

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM OnlineLogotipo JM Online

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por