O nome “Natal” vem do latim “natalis”, que significa "relativo ao nascimento" ou "dia de nascimento", ligado à comemoração do nascimento de Jesus Cristo, sendo importante festa cristã. A palavra “Natal” é usada em expressões como "terra natal" (local de nascimento) ou "pré-natal" (antes do nascimento), mantendo o significado de origem e começo. Chegamos em dezembro, mês de profunda reflexão. Neste ano de 2025 foram muitas as questões enfrentadas que nos trouxeram alguns aprendizados.
Dezembro é o mês da esperança, em que o homem reflete sobre a caridade, colocando-a em prática. “Jesus estava no templo, observando as pessoas depositarem suas ofertas. Muitos ricos depositavam grandes quantias, doando seu excesso. Uma viúva pobre, em grande necessidade, depositou apenas duas pequenas moedas (o óbolo, de valor ínfimo). Jesus chamou seus discípulos e disse que aquela viúva deu mais do que todos, pois ela deu tudo o que tinha para viver, enquanto os ricos deram apenas do que lhes sobrava, mostrando a entrega total de si mesma” (Marcos 12:41-44 e Lucas 21:1-4).
A riqueza e o poder despertam todas as paixões que nos prendem à matéria e nos distanciam da perfeição espiritual. Foi por isso que Jesus disse: — “Em verdade, vos digo: é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus” (comentário de Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, questão 816).
No Natal conseguimos, muitas vezes, enxergar nossos erros, e isso é muito positivo. A reflexão sobre o erro nos permite ver de outra forma aquilo que antes não conseguíamos. Quando você aprende a enxergar de outra forma a realidade, ela muda, ou seja, as reflexões nos permitem crescimento, renovação, evolução e transformação. Se você errou não se sinta inferior, não se sinta pior. O que nos faz refletir são os nossos erros. Sem a consciência do erro não existe estímulo para a perfeição.
Muitos conhecidos, amados e amigos, voltaram à pátria espiritual, à verdadeira vida, em situações diferenciadas; cada qual com sua importância e contribuição. Não vamos nos entristecer com a ausência física dos entes queridos no Natal. Entenda o verdadeiro sentido do Natal; amar como Jesus nos amou e nos ama; acolher os desvalidos, perdoar as ofensas, amar os inimigos, evitar a discussão, esquecer a briga, silenciar a injúria, orar pelos criminosos, vigiar a língua e divulgar a paz.
Em nossas convivências muitas vezes não somos ouvidos, os diálogos funcionam como um filtro e nem sempre a paz é admitida para a resolução do conflito. Só o conhecimento técnico não nos faz refletir sobre a dor do outro. Qualquer que seja o local, saibamos que toda ação provoca uma reação; assim como a omissão também provoca uma decisão, que poderá ser ou não revertida. Muitas vezes basta o silêncio.
A riqueza, a fartura e a abastança existem para fazermos o bem ou prestarmos um serviço a todos aqueles que dele necessitem. Aquilo que falta ao outro muitas vezes é desnecessário à subsistência de muitos. “Bem aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”. Virtuosos são aqueles que se reconhecem pequenos diante de Deus, colocando a confiança total no Criador, em vez de confiarem na própria força ou riqueza.
Seguir os ensinamentos morais de Jesus traz crescimento, autoconhecimento, evolução, libertação. Sejamos amorosos não só no Natal, mas em todas as oportunidades que surgirem em 2026. Sejamos úteis, necessários e bondosos. Fazer o bem nos torna felizes e realizados. Como nos ensina LACAN (1901-1981): “Só o amor permite ao gozo condescender o desejo”. Feliz renascimento. Feliz Natal!
Heloisa Helena Valladares Ribeiro
Advogada e Membro do IBDFAM
@heloisaribeiro1704
@valladaresribeiro.advogados
