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O segundo domingo de agosto

Heloisa Helena Valladares Ribeiro
Publicado em 31/07/2023 às 18:34
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A palavra agosto vem do latim Augustus. Por sua vez, o adjetivo latino “Augustus” deriva do verbo “augere”, que significa fazer crescer, ampliar, aumentar, prover, elevar a dignidade.

O fundador e primeiro imperador romano se chamava Gaius Iulius Caesar Octavianus Augustus (Caio Júlio César Otávio Augusto). Pertencia a uma rica e antiga ordem da cavalaria cuja família era formada por pessoas que não nasceram na nobreza, consideradas a classe baixa da população.

Após o assassinato de seu tio-avô Júlio César, em 44 antes de Cristo, o testamento de César o nomeou como seu filho adotivo e herdeiro; tem-se aqui o fato extraordinário da história.

Na época, havia duas formas de ter filhos: gerá-los ou adotá-los. A adoção era o meio de impedir a extinção da linhagem, garantir a continuidade na carreira política, com a designação de um sucessor ao cargo e a tentativa de gerar a transmissão de poderes de forma pacífica, contudo, nem sempre isso foi possível.

Caio Júlio César era militar e patrício romano, considerado essencial na transição da República para o Império. Após seu homicídio, Júlio César Otávio Augusto teve que disputar novamente o poder, tendo saído vencedor. Dessa vitória Otávio Augusto se tornou extremamente poderoso, o que fez com que o Senado lhe desse poderes exclusivos, tendo sido denominado o primeiro dos senadores; após, recebe o título de Imperador (comandante dos exércitos), e depois de Augusto (sagrado).

No segundo domingo de agosto se comemora o Dia dos Pais.

Existem várias denominações para pais, como: autoritários, ausentes, permissivos, responsáveis, de família. O nome não importa, mas sim o respeito, entender os sentimentos da criança, o interesse nas atividades ou problemas dos filhos, estabelecer regras ensinando o que é certo e o que é errado, o benefício das regras, a disciplina, o limite, o equilíbrio, o controle, as ferramentas que estão ao alcance das crianças e dos adolescentes, a empatia, a segurança, a confiança e o amor.

Dependendo das atitudes do pai, a convivência poderá ser benéfica ou não para a criança. Quando há uma separação, muitas vezes a mãe fala que o pai abandonou o lar e isso pode não corresponder à verdade; para que esta prevaleça, o pai deverá manter uma relação de afetividade com o(s) filho(s). Outras vezes, o filho passa a odiar o pai porque houve a separação e ele quer ficar ao lado da mãe. É aí que pode acontecer o que já era previsível, ou seja, o filho se reaproxima do pai e passa a odiar a mãe.

O pai tem o direito de se casar de novo, mas não de esquecer do(s) filho(s) do primeiro casamento. Muitos pais deixam de se comunicar com os filhos como se eles não mais existissem, como se tivessem se tornado totalmente independentes.

A idade do filho é o que menos interessa, contudo, a imaturidade do pai se faz presente quando não sabe cuidar do afeto. Embora essa não seja a denominação ideal, há muito órfão de pai vivo.

A todos os homens de bem que procuram exercer a paternidade de maneira presente, responsável, tanto material quanto emocional e afetivamente, os meus sinceros cumprimentos.

Dedico este texto ao meu pai biológico, que me deu a vida, e ao meu pai adotivo, Alaor Ribeiro, que tomou para si minha vida quando eu tinha apenas dois dias.

Heloisa Helena Valladares Ribeiro
Advogada e membro do IBDFAM
@heloisaribeiro1704
@valladaresribeiro.advogados

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