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Ser Pai

Heloisa Helena Valladares Ribeiro
@heloisaribeiro1704 @valladaresribeiro.advogados
Publicado em 25/07/2024 às 19:32
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Não importa a orientação sexual que seu filho tenha, você continua a ser “pai”. Depende de sua aceitação, para ser o pai consanguíneo ou o pai presente, podendo ser ainda o pai consanguíneo presente.

Segundo Freud, nada há na homossexualidade que dela deva se envergonhar, não é um vício ou aviltamento, nem doença. Para o psicanalista, perseguir a homossexualidade como sendo um crime é uma crueldade.

Antes, as minorias se tornavam reconhecíveis, identificáveis, marcadas, estigmatizadas, o que facilitava o seu controle e repúdio. Hoje procuram se integrar ao grupo, passando a se beneficiar da condição de família semelhante aos casais heterossexuais, ficando comum e mais temerário aos olhos dos conservadores.

Na realidade, a orientação sexual dos(as) filhos(as) é assimilada inicialmente com dificuldade, mas, após a aceitação dos pais, é compartilhada com a família. É importante a consciência de que os pais precisam acolher os filhos, pois, a homossexualidade é senão intrínseca à pessoa, cabendo aos pais tornar os filhos cidadãos de bem.

Ao aceitar a orientação sexual dos(as) filhos(as), os pais poderão exigir-lhes estudo, caráter, que não partam para a vulgaridade, que sejam distintos. Uma boa conversa e cumplicidade são provas do amor do pai pelos(as) filhos(as).

Diante de tanta diversidade, existe um grupo de homens e pais que se mantêm em relacionamento homoafetivo. O encontro de pais que passam pela mesma situação é um agente facilitador do relacionamento (http://homopater.com.br/grupo.html).

Os cientistas e pesquisadores concluíram que não existe um fator genético sozinho que defina quem é homossexual, heterossexual ou bissexual, ou seja, a orientação sexual não é advinda de um “gene gay”. São vários os fatores genéticos que podem influenciar na orientação sexual. São as experiências vividas, relativas à cultura, localização geográfgica e à educação, conhecidas como fatores ambientais, que irão influenciar no comportamento sexual de cada filho.

Devemos admitir que a influência genética se soma às influências vividas pelos filhos para formar suas características de personalidade e de comportamento, inclusive o comportamento sexual. Isso diverge entre pessoas do sexo masculino e pessoas do sexo feminino, ou seja, não existe um mesmo fator presente em todos os homossexuais, heterossexuais e bissexuais.

Os comportamentos sexuais dependem muito do grupo social, podendo variar ao longo do tempo, conforme esse grupo sofra transformações. Portanto, seja qual for a orientação sexual do filho (a), a conduta do pai é fundamental para que ele se torne uma pessoa capaz de conviver em sociedade. A sua maior preocupação deve ser como as pessoas se comportarão diante do(a) seu(ua) filho(a). Ser bom só não basta, é preciso aceitar o(a) filho(a), porque a paternidade sem presença é falsa.

O primeiro passo é aceitar, depois vem compreender, até abraçar, naturalmente acolher, para só então amar. Não é fácil, é uma construção, requer autoconhecimento, autoacolhimento, curtir a dor, entender a rejeição para modificá-la, entender a vida afetiva do filho, livrar-se dos dogmas.

Converse com seu filho sobre família, casamento, namoro, amizade, música, filhos, adoção, inseminação ou barriga de aluguel, enfim se a sua cor preferida é azul ou rosa, mas seja simplesmente PAI.

 Heloisa Helena Valladares Ribeiro
Advogada e membro do IBDFAM
@heloisaribeiro1704
@valladaresribeiro.advogados

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