Metrópoles, cidades, vilas e vilarejos se organizaram, desde sempre, a partir de um espaço central livre de edificações onde a população poderia se reunir para o encontro social, as discussões de interesse público, a formação de uma identidade cidadã diferenciada, as rezas e procissões religiosas, e muitos outros, no que conhecemos como praças. Desde então estas se estabeleceram como lugar privilegiado para comemorações ou ainda para a divulgação de ideias, sendo então fartamente aproveitadas pelos políticos e partidos em seu afã de multiplicar eleitores que garantissem vitórias e poder.
Ágora para os gregos, fórum para os romanos, praça, largo ou adro para os brasileiros, as populações desejosas de discutir ideias na visão democrática de busca pelo consenso, aprofundar conhecimentos nascidos do diálogo, organizar grupos para a defesa de valores e crenças; se encontram neste espaço público para o alcance dos seus objetivos escolhendo o acolhimento de todos em torno das necessidades comuns, em clara oposição às reuniões privadas e secretas que ameaçam e prejudicam uma maioria excluída.
Neste último domingo - 06/10 – a praça da Concha Acústica serviu de cenário para uma programação conjunta da Academia de Letras do Triângulo Mineiro e Fundação Cultural: o lançamento de obra inédita – Uberaba 20 autores. O evento incluía apresentação de música clássica e popular bem como a presença dos autores para manhã de autógrafos.
É importante dizer que o dia nasceu para ser glorios domingo de céu luminoso, acalorado por sol radiante e, o que nos toca ainda mais, marcado pela presença maciça de um público ávido pelos livros e pela possibilidade de conhecer os autores nas dedicatórias singulares que tanto encanta os fieis da leitura. Plateia numerosa e diferenciada: pessoas solitárias ou em família, adultos e crianças; e em muitos momentos vimos seus olhos brilhantes e verdadeiros, entusiasmados pela situação única vivida onde podiam entrar em contato com os que se dedicam à produção literária: autores, editores bem como seu produto final: os livros. Certamente paixões foram despertadas, e futuros delineados.
A maratona significou quatro horas ininterruptas de elaborações textuais para cada um dos solicitantes que ainda aproveitavam a oportunidade para presentear amigos, professores ou completar bibliotecas escolares e de instituições o que sustenta a única conclusão possível: Sucesso absoluto! Parabéns aos organizadores! Congratulações aos articulistas e contistas que contribuíram com a edição! Bem-vindos os leitores!
É nessa mistura de cores e sabores para conseguir massa homogênea de crescimento, facilitando o acesso de todos aos acadêmicos, titulares de saber e saber de escritura que se projeta o futuro da academia. É nessa direção que, sabiamente, o jovem presidente Jorge Alberto conduz seus associados restando-nos somente antever tempos gloriosos.
(*) Psicóloga e psicanalista