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De colonizadores já estamos fartos!

Desde 1.500, quando descoberto por Pedro Álvares Cabral

Ilcéa Borba Marquez
ilcea@terra.com.br
Publicado em 16/04/2014 às 19:37Atualizado em 19/12/2022 às 08:11
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Desde 1.500, quando descoberto por Pedro Álvares Cabral, muitos quiseram fazer do Brasil uma colônia e assim se apossarem de um país realmente grandioso; a começar por seu território, sua diversidade climática e geográfica, sua natureza exuberante, suas riquezas minerais, o que possibilitaria a antevisão de riquezas incalculáveis! Neste projeto vieram os portugueses, espanhóis, franceses, holandeses, ingleses e muitos outros.

A Bandeira portuguesa já estava içada nos navios de Cabral e, imediatamente, nos tornamos colônia portuguesa; mas o projeto lusitano incluía a conquista dos três continentes para si e para a fé cristã. Assim o rei Dom Sebastião, último e mais ousado sonhador desta dinastia heroica, reúne todo o seu poder em um único Exército, veste uma armadura prateada e sai em busca do seu arqui-inimigo mouro, numa cruzada atemporal, representando para si e seus patriotas o “Cavaleiro do Santo Graal”, em 1578. A aniquilação do Exército português e o desaparecimento do seu Rei/Cavaleiro D. Sebastião deixam o povo sem líder e vazio o trono, que logo é usurpado pelo Rei da Espanha – Felipe II, provocando o resultado desastroso do desaparecimento de Portugal e de todas as suas colônias da História enquanto reino soberano, que se tornam possessões da Coroa espanhola durante 62 anos – de 1578 a 1640.

Ser o país do açúcar e possuir mais riquezas do que a Índia atraem a atenção dos organizados holandeses, que criam uma Companhia das Índias Ocidentais, com grande capital, a partir do objetivo aparente de estímulo ao comércio com o Brasil e a América do Sul, mas na verdade com um plano minucioso e detalhado de se apoderar deste imenso território para a Holanda e para o seu monopólio comercial. Em 9 de maio de 1624, com uma esquadra de 26 navios, 1.700 soldados treinados e 1.600 marinheiros aportam na Bahia, tomando-a quase sem resistência e levando para a Holanda imensas riquezas. Após a intervenção Espanhola, com 50 navios e onze mil homens, os holandeses recuam para uma reorganização de maior força e resistência, o que conseguem em 1635, em Recife – Pernambuco, e nos anos seguintes todo o litoral do Nordeste. A partir desse momento e durante 23 anos existe no norte do Brasil um governo holandês autônomo.

Sob a liderança de Mauricio de Nassau – um nobre de sangue real – que administra o novo país como governador da Coroa, são mandados da Holanda para cá os melhores homens, cuidadosamente selecionados, a partir de ideias claras e já experimentadas de organização e liderança. O humanismo e a liberdade estão na base das diretrizes holandesas para o Brasil que conhece desenvolvimento estrutural e industrial até a libertação de Portugal do domínio espanhol. Com Dom João IV e a aliança entre Portugal e Inglaterra – nova potência dos mares –, a história da colonização brasileira toma um novo rumo e novos colonizadores!

(*) Psicóloga e psicanalista

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