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Já não se fazem pais como antigamente

De acordo com a sua característica megalomaníaca, o brasileiro se dizia eleito por Deus, já que Ele era brasileiro

Ilcéa Borba Marquez
ilcea@terra.com.br
Publicado em 29/09/2010 às 19:25Atualizado em 17/12/2022 às 06:48
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De acordo com a sua característica megalomaníaca, o brasileiro se dizia eleito por Deus, já que Ele era brasileiro. Esta expressão popular (Deus é brasileiro!) caiu em desuso, talvez porque o povo elegeu outro pai – Lula. Tal mudança é prenhe de significados, vejamos:

Antes um fio do bigode era documento suficiente para que se cumprisse algo que fora acordado anteriormente, sem a necessidade de cartório para registro do contrato e tampouco tantos juízes e tantas varas, com toda essa corte de advogados, que mais parecem “advogados do diabo” – é claro que com reconhecidas e valiosas exceções.

Antes as famílias permitiam seus filhos brincarem no passeio em frente de casa ou na rua mesmo, sem medo de assaltos, sequestros ou estupros! As portas das casas eram trancadas apenas à noite e as crianças tinham livre acesso ao interior ou exterior.

Antes não havia necessidade de muros altos, com cercas elétricas e grades nas portas e janelas; podia-se debruçar na janela para apreciar o movimento da rua ou mesmo bater um papo descontraído com os vizinhos e amigos. Eram outros que deveriam permanecer “atrás das grades”!

Antes o sentimento mais frequente era de liberdade.

Se antes ser filho de Deus, que ainda era reconhecidamente brasileiro, impunha determinada identidade mais de acordo com Sua imagem de ser superior,  com a troca do pai da Nação, tornou-se obrigatória a mudança de modelo identificatóri agora o ideal é ser parecido com o Lula. Como identificar este modelo?

Agora os próprios pais ensinam e apoiam seus filhos e filhas a procurar sempre a vantagem de toda situação, mesmo que para isso tenham que mentir, omitir, enganar, não cumprir acordos, roubar pequenas quantias em nome do direito e apoiados por uma Justiça de privilégios!

Agora estamos todos aprisionados pelos muros e grades de verdadeiras prisões em que se transformaram os lares.

Agora o sentimento mais frequente é o medo e a sensação angustiante de perseguição.

Agora o roubo é endêmico, começando nas altas esferas do poder político e alcançando os outrora descamisados ou desprotegidos que, com o apoio governamental, invadem, apossam e destroem sem punição nenhuma.

Quanta saudade do meu pai, avô e de tantos outros pais significativos da minha vida!

(*) psicóloga e psicanalista

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