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Juras de amor

Neste último sábado preparei uma homilia aos noivos que celebravam sua união a partir desta pergunta: O que podemos oferecer a este novo par que se une

Ilcéa Borba Marquez
ilcea@terra.com.br
Publicado em 16/12/2009 às 21:23Atualizado em 20/12/2022 às 09:00
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Neste último sábado preparei uma homilia aos noivos que celebravam sua união a partir desta pergunta: O que podemos oferecer a este novo par que se une pelos laços do casamento a partir da nossa própria vivência?

O desejo de união nasce de um forte sentimento de amor, somente por ele as pessoas se dispõem a abrir seus corações e sua vida para um novo temp casar-se é um produto da vida adulta, um aditivo a uma existência já feita, é sair do individualismo e situar-se no duplo, na estrutura binária e, sobretudo, no tempo da palavra. Por isso qualquer silêncio é contrário ao casamento. Falar, expor-se ao outro através de uma fala sincera e direta, torna-se compromisso para a estabilidade e permanência do par amoroso.

Não nos esqueçamos que intimidade e liberdade são os pedidos que se fazem os que buscam a união matrimonial, lembrando o “Fantasma da Ópera”, podemos repetir as palavras de Raul: “Minhas palavras irão te aquecer e te acalmar, deixe-me ser sua liberdade, deixa a luz do dia secar suas lágrimas, eu estou aqui com você, ao seu lado pra te guardar e te guiar”. Bem como a resposta de Christine: “Diga que me ama a cada momento, mude meu pensamento com conversas sobre o verão, diga que precisa de mim com você, agora e sempre... Prometa que isso tudo que você diz é verdade, Isso é tudo o que te peço”.

Numa síntese confirmamos que VERDADE, PALAVRAS E SENTIMENTO DE AMOR são os fundamentos e a estruturação de uma união estável e, talvez eterna. Mas, os grandes românticos também nos alertam para a independência do casal, como Edith Piaf no seu Hino ao Amor: O céu azul sobre nós pode desabar, e a terra bem pode desmoronar, pouco me importa se tu me amas, pouco se me dá o mundo inteiro. Irei dependurar a lua, irei roubar a fortuna, se tu me pedires. Nem mesmo a morte irá nos separar porque teremos para nós a eternidade, no azul de toda a imensidão. No céu não haverá mais problemas meu amor, acredite que nos amamos. Deus reúne os que se amam.

Como palavras finais, ainda alertamos: sejam capazes de escolher sempre o par, defendendo-o contra qualquer intempérie, tanto a real quanto a imaginária, e que a porta de entrada do seu lar funcione como barreira e filtro permitindo apenas a passagem de tudo aquilo que traga harmonia e bem-estar à família que vocês iniciam agora. Parabéns, sejam felizes!

(*) psicóloga e psicanalista

 

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