Estas são as palavras de ordem lançadas por Carlinhos Brown e Lexa num jingle convocando os jovens ao objetivo de manter seus sonhos e destinos, e, não perderem de vista seus projetos de futuro. Alertam que eles não estão sozinhos e que com esforço eles chegam lá. O momento está difícil para todos, mas não podemos desistir... A desistência é impensável.
Estamos sendo surpreendidos ao vermos que muitos estão se entregando à comida, ao ócio, à comunicação virtual, aos cassinos virtuais, ao refúgio dos quartos agora transformados em cárceres, onde com pouco movimento ou esforço passam os dias em intermináveis bate-papos virtuais ou fugas prazerosas de fantasias sexuais ou ainda sexo remoto. Não é pra menos, algum gozo tem que ser mantido.
As empresas se surpreendem com o número de pedidos de demissão sem justificativa plausível, deixando lacunas comunicativas e espaços abertos, vazios e vagos. No meio de tantas obscuridades e incompreensões saímos em busca de revelações e, por isso, somos constantemente colocados frente à ideia de que estamos numa época de mudança de onde surgirá uma nova ordem social, um “novo normal”. Sem nem mesmo percebermos, somos capturados pelo Apocalipse: a revelação de um mundo novo e para isso precisamos antes destruir o antigo mundo. Se estamos vivendo uma era de destruição do anteriormente conhecido e vivido estamos nos encaminhando para uma era nova diferente e melhor. Apocalipse é revelação, é visão de algo melhor, mais adequado à preservação do homem e do mundo que o rodeia.
Nosso viver de hoje é enfrentar desafios inteiramente novos, para os quais não temos de antemão respostas conhecidas. Não aprendemos a viver diante de tantas regras limitantes. Somos impedidos por lei social de trabalhar, frequentar a escola, relacionar com a família, amigos e parentes ameaçados em campanha nacional de divulgação que provocou pânico e pavor de contaminação. Primariamente o homem tem medo da Morte assim, a partir da ideia de morte inevitável presente na Covid 19, todo medo da morte foi transferido para a atual situaçã uma gripe que mata, principalmente, aqueles que têm histórico pessoal de enfermidade crônica, um inimigo invisível e poderoso que agride a todos sem nos dar chance de combatê-lo realmente. Somos totalmente ignorantes sobre a possibilidade de combate eficaz deste agente destruidor. Só nos resta a fé numa salvação futura que virá depois da ruptura radical entre a era atual marcada pelo mal e a idade que virá do Triunfo do Bem.
Ilcea Borba Marquez
Psicóloga e psicanalista
e-mail – ilceaborba@gmail.com