Os preços voam e o dinheiro some; os negócios se arruínam e o emprego sobe; as lojas se esvaziam e o povo sorri satisfeito!... Realmente não dá para entender o Brasil de agora! O crédito fica com a possibilidade de uma loucura geral contaminante, que afeta os grandes e pequenos canalhas, sendo que estes sustentam e mantêm aqueles na ilusão preocupante de estarem sendo mantidos e sustentados por aqueles!
Desde o início do século XX, a Europa, sentindo as ameaças revolucionárias, volta seu olhar inquisidor aos judeus, procurando saber dos perigos reais que representam ao desejo contrarrevolucionário. Em 1919, Churchill apresenta os seguintes argumentos na Câmara: “Lenin foi enviado à Rússia pelos alemães, da mesma maneira como podeis enviar um frasco contendo uma cultura de tifo ou de cólera para despejar nos reservatórios de água de uma grande cidade, e o efeito foi de uma precisão espantosa. (...) reuniu os espíritos dirigentes de uma seita formidável, a mais formidável do mundo, da qual era o sumo sacerdote e o chefe. Rodeado desses espíritos, se pôs a retalhar em pedaços, com uma habilidade diabólica, todas as instituições das quais dependiam o Estado e a nação russos. A Rússia jazia na poeira...” Na Grã-Bretanha, o antissemitismo franco e aberto é o herdeiro da revolução russa dirigida por personagens de duplo nome, de origem germano-judaica, que se fazem passar por russos: Lenin-Ulianov-Zederblum, Trotski-Bronstein e outros, em total acordo com a ideia de que os judeus russos abriram as portas da Rússia aos alemães.
Aqui, nossos dirigentes atuais, identificados como de “esquerda”, depois de estágio forçado na Ilha dos Irmãos Castro há mais ou menos 50 anos, desejam governar com os mesmos e superados parâmetros, muito menos por ideais internalizados e convicção teórica do que pela busca desenfreada e voraz do poder. Nem é preciso lembrar que a ditadura castrense já dura exatos cinquenta anos. Nossos políticos que se candidatam a cargos eletivos ou por indicação partidária fazem-no sem uma plataforma objetiva, nem tampouco um cronograma de metas a serem alcançadas em prazo determinado. No entanto, sabemos de antemão que os ganhos por desvios e superfaturamentos já estão contabilizados.
Nossa juventude sai às ruas em grande e poderosa massa humana de descontentes, que imediatamente é engolfada por violência aliciada sorrateiramente e, assim, perde representatividade e credibilidade. Dá-nos a impressão de que estão às voltas com um vazio interno, com ausência essencial de demanda encarnada (vivida na carne) e, portanto, sem força capaz de estruturar e subsidiar mudanças. Concordo com Arnaldo Jabor quando ele diz que ganhamos na democracia uma liberdade “fetichizada” transformada em produto de mercado – o mercado da liberdade.
(*) Psicóloga e psicanalista