O dinheiro viabiliza os sonhos: este é o seu lado sagrado; ou espalha o terror: este é o seu lado satânico. Tudo depende do direcionamento dado a ele: de onde e para onde vai. Ele está na mão do generoso e também na do assassino de aluguel, ou ainda do ladrão. Ele aparece na casa de Deus e nas cadeias, nos atos de caridade e nos assaltos, na paz e na guerra... Sua presença inconteste no período anterior à revolução comunista na China, financiando as revoltas e a guerra civil através dos seus líderes, em especial Mao Tsé-Tung, que os autores Jon Halliday e Jung Chang descrevem de forma magnífica no livr “Ma A história desconhecida” provoca-nos um forte impacto. Mesmo sem perceber claramente e de uma forma natural começamos a enxergar na realidade brasileira indícios de interferência estranha ou estrangeira em nossa supremacia, no que diz respeito ao ideal de governabilidade responsável e participativa, já que somos os únicos verdadeiros interessados nos nossos destinos.
A partir da leitura do livro citado não consegui me livrar de questionamentos quanto à procedência dos recursos utilizados por tantos movimentos sociais atuais em total desacordo com a realidade legal e política do Brasil: refiro-me aos grupos invasores de terras, casas e locais públicos. Estes movimentos consomem muito dinheiro. A ajuda governamental dada não é suficiente para sustentar seus líderes em tempo integral de dedicação à causa, os adeptos que abandonam suas atividades produtivas anteriores, toda a estrutura de apoio criada: transporte, publicações, salas, secretariado, material de divulgação; enfim tudo o que é necessário para manter e expandir grupos na defesa das ideias propostas.
A União Soviética através de Stalin tinha o maior interesse em transformar a China num país comunista. E pagou caro não só para expansão das crenças marxistas e leninistas, mas também como defesa territorial contra possíveis invasões japonesas ou alemãs, ou ainda como trampolim para outras terras e bens. Também havia a crença de que a melhor forma de se ganhar uma guerra é colocar seus possíveis inimigos guerreando entre si. Dessa forma, a China e o Japão iniciaram hostilidades preservando a União Soviética do combate.
Perguntas nascem e crescem em importância: Quem são os financiadores internacionais destes movimentos brasileiros? Quais os interesses? Quem ganha e quem perde? O que se ganha e o que se perde?
(*) Psicóloga e psicanalista ilceaborba@netsite.com.br