A Catedral Metropolitana de Uberaba vestiu-se de gala; o Arcebispo Dom Paulo Mendes Peixoto...
A Catedral Metropolitana de Uberaba vestiu-se de gala; o Arcebispo Dom Paulo Mendes Peixoto fez-se acompanhar de dois concelebrantes; um coral postou-se à direita, e à frente, além dos coroinhas, vários ministros leigos. Tudo isso para a celebração da Santa Missa que precederia o lançamento de mais um livro da Ir. Maria Antônia de Alencar – o décim “Preservando a memória”. Durante os ritos iniciais, a grande porta interna da igreja se abriu e duas religiosas entraram com o conhecido hábito azul, branco e negro. Um silêncio de respeito emocionado tomou conta de todos – veríamos mais uma vez a doce autora e “poetisa de Deus”, como bem denominou Dom Paulo no seu sermão. A aproximação quebrou a ilusã eram apenas duas crianças portando vestimenta parecida com a das religiosas. Após a bênção final, um recad deveríamos nos dirigir à casa paroquial onde haveria uma confraternizaçã o lançamento do livro, e a “noite de autógrafos” com um pequeno detalhe e grande falta – a autora não estaria presente e o autógrafo seria carimbado!
Ao ver o livro, uma surpreendente alegria: eram 417 páginas textuais e ilustradas, contendo a recuperação histórica da fundação do Mosteiro da Imaculada Conceição da Divina Providência e São José – Santuário de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa desde a chegada a Uberaba de sete religiosas, vindas de Sorocaba no dia 21 de junho de 1949, até os dias atuais em todas as suas etapas: a viagem de Sorocaba a Uberaba, a instalação temporária na Casa das Irmãs da Piedade; o primeiro prédio na rua Gonçalves Dias, n° 53, o primeiro prédio construído e para onde se mudaram em 23 de maio de 1951, na rua Afonso Rato, que se tornou o berço de Fundação da Novena Perpétua da Medalha Milagrosa, até as atuais e definitivas instalações, na rua da Medalha Milagrosa, em 7 de janeiro de 1961, contadas tanto em prosa quanto em verso. “Eram dez horas passadas De uma noite enluarada Quando se ouviu estalar A chave na fechadura Abrindo-se a clausura Deixando as Monjas passar.” (“Histórico da Fundação do Mosteiro de Uberaba” - Ir. Maria Antônia).
Usando como fonte o escrito de Maximiliano Kolbe – Art. 1.011, a Ir. Maria Antônia revela-nos a primeira aparição da Santíssima Virgem a Santa Beatriz – origem da devoção à Medalha Milagrosa, ocorrida em 27 de novembro de 1830, em Paris – França. A partir dessa visão, cunhou-se a medalha que hoje conhecemos, difundida por todos aqueles que, agraciados, relatam seus feitos.
A partir do Capítulo IV, a autora dedica cada um deles a uma das sete monjas vindas de Sorocaba, compondo sempre versos e um acróstico – Madre Maria Virginia do Nascimento; Madre Coleta da Imaculada Conceição; Madre Maria Isabel do Espírito Santo; Madre Maria Paula de Jesus Hóstia; Madre Maria Gertrudes da Apresentação; Madre Joana Angélica de Jesus; Irmã Maria Antonia de Alencar – até chegar às Irmãs atuais, sem se esquecer dos inúmeros benfeitores e de Uberaba – “Princesa es do Triangulo De Minas o coração...” Confiram!
(*) Psicóloga e psicanalista