Com estas palavras, um simpatizante de Margaret Thatcher dentro do partido conservador incentivou-a a...
Com estas palavras, um simpatizante de Margaret Thatcher dentro do partido conservador incentivou-a a empenhar-se adequadamente visando à sua eleição como Líder do Partido e, posteriormente, Primeira-Ministra do Reino Unido. Este empenho envolvia não apenas as propostas de trabalho futuro, mas também a aparência e postura da voz.
Margaret Thatcher defendia a desregulamentação do setor financeiro, a flexibilização do mercado de trabalho e a privatização das empresas estatais. Opunha-se aos sindicatos e à União Europeia. Em sua análise dos fatores propulsores ao desenvolvimento em nítida contraposição aos que o dificultavam, apresentava a livre iniciativa dos empresários e a não intromissão do estado. A participação deste deveria ater-se à manutenção da ordem na aplicação correta da lei. Este ambiente de estabilidade asseguraria confiança e facilitaria as ações empresariais advindas de uma profissionalização administrativa.
Em relação à aparência, Thatcher foi aconselhada a abolir os chapéus, a mudar o tom dos cabelos e aprimorar a tonalidade vocal que lhe permitisse uma voz mais baixa, suave e menos agressiva. Assim fazendo, conseguiu a liderança do partido e, posteriormente, o cargo de Primeira-Ministra durante onze anos. Neste período a Inglaterra conseguiu a retomada do desenvolvimento, apesar do enfrentamento da Crise ao Petróleo de 1970.
A alcunha de “Dama de Ferro” era devido à sua luta contra o Comunismo, bem como por seu caráter - sua disciplina, sua dedicação irrestrita ao trabalho e sua rigidez nas convicções defendidas vigorosamente, aliadas ainda à exigência sempre crescente junto aos seus auxiliares, o que acabou criando mágoas, ressentimentos e pedidos de demissões com o consequente enfraquecimento do seu próprio poder.
Ao ser questionada sobre o Brasil, aconselhou-nos à defesa da liberdade sob o império da lei e uma administração profissional. Seu lema: cada um é responsável por si mesmo e o Estado não existe para ajudar os indivíduos!
O que irrita é a constatação de que ainda não fazemos bom uso dos exemplos que a história cultural nos dá e seguimos no ensaio/erro adotando teorias abandonadas por já terem demonstrado sua inadequação.