Falar de dinheiro é também falar de saúde mental. Embora ele seja apenas uma ferramenta, muitas vezes acaba se transformando em um fardo que compromete nossa paz, nossas relações e até nossa saúde.
Neste mês de setembro, marcado pela campanha Setembro Amarelo, é impossível não refletir sobre a ligação entre finanças e equilíbrio emocional. A pressão das dívidas, a insegurança diante do futuro e a sensação constante de não dar conta de pagar os compromissos podem gerar estresse, ansiedade e insônia. Em casos mais graves, esse peso invisível pode evoluir para quadros de depressão e, infelizmente, até levar pessoas a tirar a própria vida.
O dinheiro, em si, não é o vilão. Ele é uma ferramenta que deveria servir para dar suporte às nossas escolhas, facilitar o dia a dia e abrir caminhos para mais tranquilidade. Mas, quando falta clareza, planejamento ou apoio, ele passa a ocupar um espaço de desequilíbrio na mente e no coração.
Por isso, cuidar da vida financeira não é apenas sobre números ou planilhas. É sobre cuidar de si, preservar a saúde emocional e reduzir um dos gatilhos mais comuns de sofrimento. Reconhecer que pedir ajuda é necessário, tanto na organização financeira quanto no apoio psicológico, é um passo essencial para devolver ao dinheiro o lugar que ele deveria ocupar: o de aliado, e não de inimigo.
Neste Setembro Amarelo, que possamos lembrar que equilíbrio financeiro e saúde mental podem caminhar juntos. Falar sobre isso é uma forma de acolher, prevenir e salvar vidas.
Jeane Queiroz de Oliveira
Educadora Financeira
@jeane.queiroz.oliveira
