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Parque Modelo

A implantação de parques públicos utilizando áreas adequadas e potencialmente ambientáveis à convivência humana vem se impondo

José Humberto Guimarães
Publicado em 08/05/2019 às 22:35Atualizado em 17/12/2022 às 20:37
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A implantação de parques públicos utilizando áreas adequadas e potencialmente ambientáveis à convivência humana vem se impondo como medida de bem estar compensatório para populações de cidades, cujos desenvolvimentos econômicos ativam a expansão imobiliária, implodem a frota veicular e intensificam a poluição atmosférica, prejudicando-as na qualidade de vida. 

Os espaços aptos, quando disponíveis, podem ser aproveitados integralmente naquilo que já possuem, tanto de revestimento florestal, quanto de edificações, instalações e serviços prestados à comunidade, mantendo sua continuidade de tal forma que permaneçam vivas e atuantes as atividades públicas ou privadas ali desempenhadas. O propósito é de que tais atividades, convenientemente trabalhadas, permitam muito maior afluência de público aos serviços nela executados e aos que a eles venham a ser adicionados.

No tocante aos locais abrigos de áreas identificadas como potenciais parques, para destiná-las ao uso populacional, é necessário, se a gleba for de propriedade pública, sua inclusão no plano diretor municipal, e em se tratando de área privada sua obtenção deve ser conduzida através de processo expropriatório. Em ambos os casos, deve ser estabelecido um plano implementador das atividades produtivas, socioeducativas e culturais do trabalho já em andamento e a integração de outras que venham enriquecer e ampliar as funções do Parque. É de se salientar que atividades técnicas produtivas já em andamento no estabelecimento devam ser ativadas pela própria organização instalada e em funcionamento na área, contando para isto com apoio institucional e financeiro de órgãos públicos e/ou privados.

A instalação de parques, portanto, vem ao encontro das populações urbanas desejosas de locais que ofereçam oportunidades de ambientação social, obtenção de conhecimentos, entretenimento e lazer associados à convivência e contemplação de cenários naturais. Percebe-se também que diante da tumultuada vida presente, parques urbanos podem suprir anseios de bem estar pessoal à uma sociedade que permeia entre a batalha diária pela execução do trabalho e o desejo de espairecer como prêmio por suas conquistas materiais.

Neste contexto, portanto, é que se insere a população de Uberaba, empreendedora e desenvolvimentista, na busca de realizações socioeconômicas, mas ainda carente de instalações públicas instrutivas, acolhedoras e reconfortantes que contribuam para melhor qualidade de vida.

Com propósito de dotar a cidade de estrutura compatível com os anseios da população, identifica-se como natural e apropriado espaço a ser transformado em Parque, uma gleba de propriedade pública, dentro da cidade, constituída de 34,5 hectares, localizada na entrada da “Fazenda Modelo Getúlio Vargas”, área esta de propriedade da Embrapa, utilizada em regime de comodato pela Epamig. Tal área reúne componentes que a caracterizam como potencial parque público de magnitude.

Para que esta proposição não venha causar estranheza, especulações e desconfiança às intenções nela esboçadas, por todos que se interessam pela preservação e funções da “Fazenda Modelo”, asseguramos que o plano aqui idealizado está inspirado no “Parque Fernando Costa” da ABCZ, este com área de 15,5 hectares, arborizada, onde, como é de pleno conhecimento público, elabora-se, há anos, trabalho de fomento e melhoramento da pecuária brasileira aliado ao oferecimento de serviços em treinamentos, qualificação, conhecimento, cultura e lazer entremeados com exposições de bovinos de relevância internacional.

 A implantação do “Parque da Fazenda Modelo” por certo atende aos legítimos desejos da população uberabense e contribuirá substancialmente com as já mencionadas empresas que ali atuam, colaborando para que as mesmas obtenham recursos para ampliação das instalações e dinamização dos importantes serviços nela praticados. O parque também provocará, seguramente, muito maior afluência de público para conhecimento e adoção das tecnologias em desenvolvimento no local, em obtenção através de importantes pesquisas na produção de material genético melhorador destinado à agricultura de grãos e à pecuária bovina de leite. 

(*) Consultor para parcerias e arrendamentos rurais; Ex-secretário de agricultura de Uberaba

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