O ano de 2024 começou como terminou, ou seja, tudo que lamentamos em 2023 ainda persiste e sem perspectivas de melhorar no curto prazo.
Os conflitos armados mundo afora continuam e até se intensificaram em alguns casos.
Na Economia em recente artigo publicado no Diário do Comércio, órgão da Associação Comercial de São Paulo, o eminente advogado Ives Gandra Martins reconhece que 2023 não foi ruim, mas também não foi bom, e tece suas considerações bem enviesadas politicamente; e completa sua análise falando de fatos políticos e aí a análise fica clara e tendenciosa, infelizmente. E vindo de mente tão brilhante, com quem tive a honra de trabalhar para cliente comum, aumenta minha falta de expectativa para o ano que se inicia, mesmo tentando manter a esperança, requisito para viver, creio eu.
E assim são as maiorias das análises em todos os veículos de comunicação e redes sociais.
Um país dividido que terá neste ano eleições municipais.
O dia 08.01.2023, lembrado por autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário neste 08.01.2024, ao completar 1 ano, gerou mais pontos de atrito entre as torcidas do que reflexão sobre a barbárie ocorrida sobre qualquer pretexto que se queira enxergar.
A democracia sobreviveu e venceu, mas 2024 e 2026 serão provas de fogo para o sistema. Vejo com preocupação o que vai sair disto.
Certeza apenas de que o Brasil e seu povo, em sua imensa maioria, perdem e muito com o que vem acontecendo.
Nos grupos que participo, sejam de amigos, familiares, colégio, faculdades, entidades e, claro, políticos, com pessoas com as quais convivi um dia e até admirei, a catarse espiritual anda longe. Precisamos urgente de limpeza e purificação do espírito humano, livrando-nos das imperfeições.
E imagino como estão nos outros grupos as mensagens, notícias e as redes de todo mundo. O inferno é logo ali 1.
Aliás, como já falado aqui, agora é oficial, 2023 foi de longe o ano mais quente da história. O inferno é logo ali 2.
Outro assunto abordado e, claro, um tema mais ameno envolve o futebol brasileiro e a CBF, com a volta do presidente Ednaldo, não se sabe se provisória ou definitiva; e, de cara, a troca dos técnicos da seleção principal. É para pensar o que se faz com esta paixão nacional. O inferno é logo ali 3...
Assim vamos vivendo janeiro deste ano, com cara de dezembro do outro ano, sem grandes e boas novidades, a não ser a recomendação para evitar helicópteros e estradas engarrafadas.
No mais, as contas e os boletos começaram a chegar e toda atenção é pouca. Tomara o alívio no rotativo dos cartões de crédito minimize as faturas para quem precisa parcelar. E que chegue logo o carnaval, para o ano deslanchar. De novo, esperança sem expectativa.
Karim Abud Mauad
karim.mauad@gmail.com