Fechamos julho e iniciamos agosto com todas as indefinições políticas no plano municipal em aberto...
Fechamos julho e iniciamos agosto com todas as indefinições políticas no plano municipal em aberto. Esta semana que se inicia será decisiva para o futuro de nossa Uberaba.
O arranjo possível que acontecerá até a sexta-feira, dia 05/08/2016, será determinante e predominante para o que de fato poderá ocorrer no período eleitoral no primeiro turno, que se inicia no dia 16 deste mês.
Antigamente, mas muito antigamente, dizia-se que em política se deve primeiro buscar as afinidades ideológicas entre os partidos, para num segundo momento administrar os egos dos candidatos.
A expressão é antiga não só pelo caráter ético envolvido na questão, mas também pela quantidade de partidos existentes à época, o que levava a uma polarização e eventualmente a uma terceira via; UDN, PSD e PTB, principalmente.
Hoje, com a quantidade de partidos existentes, não se dificulta apenas a governabilidade, mas as composições minimamente coerentes do ponto de vista eleitoral. A situação é mais difícil do que se imagina. Aja afinidade, ego e interesses outros para se compatibilizar.
Falamos isto olhando para a nossa cidade, mas a situação é mesma na região, no estado e no Brasil. Para exemplificar, citamos os casos da nossa BH e da capital paulista. O jogo para as eleições estaduais e federais de 2018 já começaram. É nítido que estamos falando de uma eleição casada, neste caso 2016 e 2018.
E aí, infelizmente, o MMA, o UFC, correm soltos, não pelo lado do combate físico, mas pelo lado do vale tudo do partidário eleitoral.
Hoje assistimos aos velhos atores de sempre mudando suas estratégias e artimanhas para mudar tudo, única e exclusivamente para não mudarem nada. As mesmas necessidades anteriores de perpetuação no comando sem preparar sucessores e ou formatar grupos políticos de fato, visando o bem-estar da cidade, ficam claras. Mudou apenas a figura do velho coronel para a figura do novo coronel, um de dentro da fazenda, de bota e chapéu, e os outros de dentro das casas na cidade, usando a mídia social para vender ilusões, fatos e fotos.
Creio que ainda vamos ter que evoluir muito para chegar onde queremos e precisamos. Reformas e movimentos são necessários; nossa participação efetiva, também, não só como cidadão. Devemos ser agentes políticos, e não apenas cumprir a obrigação de votar. Vivemos sobre a égide da sopa de letras partidárias, aqui especificamente sobre a dobra de letras na consoante e na vogal, o que só reforça a tese da ferramenta educação na imperiosa necessidade da consciência cidadã. Não existe apenas a figura do analfabeto funcional, digital ou intelectual, existe ainda a figura do analfabeto político.
Muitos destes estão nas mídias sociais, sendo usados e achando que sabem o que escrevem. São tão usados que até as mínimas regras da língua pátria são permanentemente assassinadas, sem nenhum pudor. Falta Educação em todos os sentidos.
Creio ser necessária nossa reflexão e ação, pois, como comenta um amigo próximo, aqui a fita 3M não cola. Uma boa semana para nossas ponderações.
Karim Abud Mauad