As incertezas da vida pós-pandemia têm deixado a todos com a sensação de falta de rumo. Falo do pós-pandemia mais pelo fato das acelerações e incertezas comportamentais precipitadas e pelos estragos perpetrados na saúde física, mental e emocional do ser humano, e menos por achar que não havia degradação nessa área antes de 2020.
Os sobreviventes mundo afora dos estragos ocasionados pelo isolamento, angústias, pavores gerados no processo continuam entre nós e, a cada dia vivido, demonstra-se essa insegurança.
Ainda hoje encontramos discussões sobre a eficácia ou não das vacinas, e não quero aqui opinar ou colocar pontos de vista concordantes ou discordantes; milito pela verdadeira ciência e por ela me guio, mas vejo a todo momento dúvidas e angústias advindas daquele período, e isso interfere na saúde do indivíduo e, claro, nas políticas públicas da área, no mínimo pelo represamento ostensivo de diagnósticos preventivos ocorridos entre 2020 e 2021. É inegável entender o que estamos passando em todas as esferas de decisão.
Neste período eleitoral, como sempre, é tema recorrente entre todas as campanhas. A população quer saber quem vai cuidar melhor dela nestes tempos tão obscuros.
Em evento rotário recente, a psicóloga Letícia Araújo nos falava desses temas e dos nossos medos em relação a eles, mas não só. Interessante a abordagem pela profundidade e, ao mesmo tempo, a simplicidade na exposição. Recomendo convidá-la para eventos dessa natureza.
Da mesma forma, na palestra do dia 03/10/2024, do Crea-MG Mulher, no IEATM, o dr. Cléber Sérgio, ao falar do câncer de mama e do Projeto À Flor da Pele, em sua 5ª edição, retratou a mesma situação para a saúde. O quadro, sem dúvida, é preocupante.
Nessa linha, ainda percebemos as dificuldades das pessoas, homens e mulheres, em lidar com seus limites, conviver com frustrações e, naturalmente, fracassos. Não por acaso, acabamos de passar pelos alertas do Setembro Amarelo e entramos no Outubro Rosa. Em entrevista na Folha de São Paulo, matéria pertinente com a viúva de um diretor da Caixa Econômica Federal, que tirou a própria vida após as denúncias que envolveram o antigo presidente da instituição. Aqui também não entro no mérito, só faço sugestão. Vale a leitura. E o autoexame da mama, junto com as ressonâncias, faz a incidência de êxito no tratamento do câncer de mama aumentar. Fica a dica.
Em tempos de decisões importantes para o nosso futuro, espero que os eleitos cumpram suas promessas, já que os prefeitáveis consideraram a saúde como um todo em seus programas. Assunto muito sério para ficar relegado a segundo plano.
Nossa sobrevivência saudável dependerá dessa nossa escolha consciente. Nossa saúde é parte disso tudo. Vamos avaliar bem e acompanhar sempre, independentemente da escolha, que o segundo turno seja de propostas aqui e em todo o Brasil.