Iniciamos a segunda quinzena de outubro fechando a semana que as escolas, de modo geral, chamam de Saco Cheio. Aproveita-se o feriado da Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, o Dia da Criança, o Dia do Professor, comemorado ontem, dia 15/10/2017, e, via de regra, temos uma semana sem aulas.
Quem ficou por aqui no feriado viu que o movimento dos estudantes universitários estava diminuto. O mesmo se aplicou a algumas escolas do Ensino Fundamental e Médio e quem pode esticou no feriadão. Não sei se a Semana do Saco Cheio é produtiva para alunos e professores recarregarem as baterias para a reta final do ano letivo. Creio que sim, já que toda pausa é reconfortante.
Como na maioria das escolas reprovação é palavra proibida, adota-se infelizmente o critério do entrou tem que sair, não se deve perder o aluno para a concorrência e muito menos desmotivá-lo para abandonar os estudos, trabalhamos com quantidade e não com qualidade.
A dúvida é apenas esta, já que mesmo uma escola ruim é ainda melhor que um presídio bom. Fica aqui nosso reconhecimento aos professores que desempenham suas atividades com postura ética e brilho nos olhos, levando o saber para além das salas de aulas.
Lembrei-me da Semana do Saco Cheio , pois acredito que o povo brasileiro anda precisando deste tempo para recarregar sua própria bateria.
Vivemos submetidos a uma série de notícias que deixam estarrecidos todo cidadão e ser humano com o mínimo de sensibilidade de vida. Não falo aqui apenas do turbilhão de escândalos na seara política, nos descalabros da economia, na inépcia do combate ao crime, falo da tentativa sínica de influenciar o cidadão e fazê-lo crer que o certo é errado e o errado é certo até na educação dos seus filhos, deformando valores e construindo uma sociedade exemplarmente desestruturada.
Exemplifico com as matérias levadas ao ar no Fantástico, dia 8/10/2017. Sem mais comentários, já que as redes sociais trataram de dar ampla divulgação nestas reportagens. Um achaque com o Brasil.
Sou um defensor da liberdade de expressão, sou um defensor do debate de ideias e não de pessoas, mas não posso concordar com reportagens tendenciosas e que demonstram apenas o lado da questão que se quer impor à população. A TV escorregou feio nestas reportagens, vida que segue...
Por aqui, a tentativa de aumentar os impostos municipais, leia-se IPTU, deveria fazer o contribuinte rever seus últimos impostos pagos nesta década, avaliar se vivemos um momento de euforia ou depressão econômica, calcular o quanto aumentou seu IMPOSTO, comparar com o incremento no seu salário e ou renda, para perceber que não se justifica nem gastar com georreferenciamento para este fim exclusivo e muito menos elevar a Planta de Valores. A população agradeceria este alívio para 2018.
Finalizo este artigo deixando uma frase do eterno poeta Vinícius de Moraes... “Não há mal pior do que a descrença”.