Setembro começou quente no país literalmente. O calor excessivo e seco contrastou com terremotos e furacões, para efeito comparativo com os EUA, na seara política. Lá um desastrado TRUMP se enrola nas promessas de campanha; é desafiado por um ditador falastrão, tem um refresco na rolagem da dívida interna até dezembro/ 2017 e se depara com a força destruidora excessiva do furacão IRMA, desestabilizando a região da Flórida e adjacências, local onde vivem muitos brasileiros, inclusive uberabenses. Aqui a semana teve de tudo para todos, Temer, Lula, Dilma, Janot...com reflexos, claros aqui também. Lá o furacão mudou sua rota, enquanto nas terras tupiniquins o gravador se voltou contra seus manipuladores.
No meio disto tudo temos nossa Economia dando sinais de recuperação ou tentando se recuperar em setores notadamente empregadores de mão de obra, como é o caso da construção civil. Falo do consumo formiguinha, mas se percebe mesmo tímida a retomada de alguns lançamentos no setor. Bom sinal, pois estancam estatísticas e começa a fase de se apropriar da inflação baixa, historicamente com índices da implantação do Plano Real e taxas de juros declinantes. Temos muito trabalho pela frente, mas é um começo.
Todos sabem da dificuldade dos governantes em reduzir custos, e gerar eficiência na gestão pública, o que por si só justificaria no Brasil, um estado mínimo, com definições de marcos regulatórios claros, para estas privatizações, parcerias, concessões. Um exemplo clássico desta excessiva dificuldade, diz respeito ao Refis; uma sucessiva gama destes programas de financiamento de dívidas fiscais, desestimulam os geradores de tributos, seus pagadores e o que é pior, deixam evidente quão abusiva é nossa carga tributária, fonte principal de receitas para o governo cobrir rombos, orçamentos e fazer caixa. Em outro artigo aqui neste espaço falei que 100% de taxa de imposto é equivalente a arrecadação zero(0). Portanto, cabe ao executivo em conjunto com o legislativo, modelar o equilíbrio neste campo, os atuais quase 40% de carga tributária ampla, conjugado com serviços públicos de baixa qualidade, está longe de representar este equilíbrio. Este é um bom motivo para votarmos, escolhermos bem nossos representantes e ficar vigilantes com suas atuações. Tema bom para reflexão nesta semana que marcou nossa “independência”.
Fecho este artigo agradecendo meus companheiros do Portal do Cerrado, meus colegas da Economia /1983, a turma de dança do Professor Carlos Fernandes e meus ex-alunos de Administração de Empresas, turmas que comemoram 25 e 20 anos de formatura, pelo excelente convívio nos eventos deste final de semana com feriado na quinta. Estes são os verdadeiros motivos que fazem a vida valer a pena e nos permite motivação para as chateações do cotidiano. Valeu!!!
Karim Abud Mauad - karim.mauad@gmail.com