Feriado da Consciência Negra, um tema antigo, lei municipal por aqui, antes de se tornar lei federal. O assunto, com certeza, veio à tona, menos para ser feriado, mas mais para trazer luz a um problema antigo. O racismo, a escravidão de outrora, a discriminação com uma raça tão importante mundo afora, mas tão massacrada desde sempre, inclusive e lamentavelmente no Brasil, nos remete a reflexões profundas. Simplesmente, se olharmos de forma ampla, revisitando a história, justificam todas estas reivindicações e nos levam a entender várias situações, entre elas o regime de cotas nas universidades.
A vida como ela é, e não como deveria ser.
Em outras frentes, e já com algum atraso, as tarifas de 40% impostas ao Brasil, após a sobretaxa de 10%, ao longo de 2025 e que tanta celeuma causou, enfim começam a ser quase totalmente retiradas, numa lista de quase 200 itens, notadamente café, carnes, frutas, entre tantos. E com retroatividade a 13/11/2025, o que deve acalentar nossos exportadores. Uma medida que, de fato, vai ajudar no controle da inflação americana e espero não gere inflação por aqui, pois, pela primeira vez nos últimos tempos, a nossa ficou dentro da meta, permitindo sonhar com a redução da taxa de juros (Selic).
A vida como ela é, e não como deveria ser.
No meio financeiro, a liquidação do Banco Master, com a prisão de seus proprietários Daniel Vorcaro e Anderson Lima, joga luz na fragilidade que alguns têm de se locupletar com os recursos de muitos, gerando, inclusive, fundos falsos, ou falsos fundos. O assunto é muito sério, tem implicações políticas que precisam ser efetivamente desvendadas, independente se estas investigações vão atingir direita, esquerda e centro, ou todas elas. Tem algo de podre no Reino da Dinamarca, como já dizia William Shakespeare na peça Hamlet. Afinal, parece claro que existe corrupção ou problema bem grave nesta situação. A massa do Galo já sabe que sua SAF tem um mico de 20% para gerir, e vários fundos de pensão esparramados por diversos estados também, além da turma que conta com os R$250.000,00 do FGC.
A vida como ela é, e não como deveria ser.
Na querida terrinha, as chuvas teimam em testar o cárdio dos gestores da Codau e a paciência dos uberabenses. A solução é óbvia: teremos que fazer parcerias com a iniciativa privada, independente dos recursos captados no sistema financeiro. E isto independe da boa vontade de alguns e da reserva e receios de outros. Uberaba precisa, de fato, sair de certas amarras e avançar... já que às vezes derrapa sem necessidade em alguns temas e assuntos menores. Temos Plano Diretor, Patrimônio Histórico, Revitalização do Centro, com leis de incentivo para serem implantadas; aliás, estas, antes, precisam de adequações profundas, inclusive já olhando para a reforma tributária, em vários sentidos, e união para as eleições de 2026. Então seria bom uma curva ABC de prioridades e busca de parcerias efetivas, e não apenas circunstanciais.
A vida como ela é, e não como deveria ser.
Uso muito meu espaço aqui para tentar contribuir para reflexões necessárias; sou um cidadão que não se coaduna com críticas pelas críticas, apenas tento contribuir para um debate saudável e necessário, nestes tempos de intolerância e discussões rasas. De fato, a vida deveria ser diferente, e isto depende de nós e de cada um individualmente.