Um mês já se foi e com ele as primeiras medidas econômicas e financeiras da nova gestão federal. Muito barulho e tudo dentro dos conformes, nenhuma tragédia e nenhum fato ainda relevante. A Economia fluiu aparentemente normal, sem tempo para ser responsável por qualquer problema com empresas privadas. Um exemplo, o caso das Lojas Americanas, pois situações análogas ocorrem eventualmente a cada 15/20 anos no ramo do varejo e deixam prejuízos para os milhares de fornecedores pequenos, o passivo trabalhista ainda não apareceu (não foi incluído na Recuperação Judicial) e os tributos para as três esferas em atraso.
Os aparentes vilões, B3, Bancos credores e controladores majoritários, com certeza se ajeitarão! O novo governo não causou nenhum terremoto, como pregam redes sociais e economistas do apocalipse, e, claro, ainda não trouxe picanha com cerveja para a mesa do brasileiro sofrido, mas boas relações internacionais, cuidados ambientais e humanos, que podem gerar frutos futuros. Nossa moeda continua e continuará sendo o Real. Vamos aguardar cenas dos próximos capítulos.
No campo político, a posse do novo Congresso Nacional trouxe emoções e acirramentos no relacionamento, principalmente com o resultado da Presidência do Senado (fim do terceiro turno, quem sabe?), já que na Câmara Federal o resultado era “barbada”. Democracia a pleno vapor, partidos da situação (Governo Lula) e da oposição (ex-governo Bolsonaro) se juntaram em um nome único!
A agenda política não pode atrapalhar a agenda econômica, principalmente no que diz respeito às reformas, tendo prioridade a tributária. O Brasil precisa sair das Cavernas e chegar ao século XXI, já em sua terceira década. O palanque já foi desfeito por alguns, exemplos não faltam; outros continuam na trincheira, deixando queimar o pão de queijo.
Na esfera estadual, na esfera estadual, na esfera estadual..., precisamos ao menos duplicar o acesso à capital, e isto demanda concessão e trabalho político. Onde estão nossas lideranças no Estado para tratar com o governo central?
Afora isto, espero pouco neste campo, como tem sido nos últimos governos, e aqui passando por vários dos nossos prefeitos, independente de serem aliados ou adversários. Problema concorrente e recorrente para a cidade.
Na falta de representantes na Assembleia e na Câmara, nossas lideranças buscam a região, mas espero que não desprezem a mais atuante que possuímos. O Partido é Uberaba, vale ressaltar.
Algumas pautas são vitais: a já citada BR-262, Gasoduto/Fertilizantes/Termoelétrica, ZPE, Saneamento, Aeroporto/voos para ficar na linha do desenvolvimento sustentado.
O fato concreto é que precisamos de união para gerar progresso. As vaidades devem ser colocadas de lado e o interesse do munícipe, preservado. Sou corinthiano, mas, como a Gaviões da Fiel e a Galoucura vêm dando exemplos de Democracia, eu sonho. Eu acredito.
Falta agora as redes sociais deixarem o acirramento de lado e ajudar o país. Menos “imbecis” e mais “brasis”!!!
Finalizo me solidarizando com as famílias da Dona Gasparina e Dona Elda, que partiram deixando aqui seus entes queridos órfãos, assim como a área social de nossa cidade. E parabenizo a Feti pelo maravilhoso espaço do Memorial do Clube Sírio Libanês. A vida segue e os sonhos também!
Karim Abud Mauad
karim.mauad@gmail.com