No momento em que março avança, temos muito a comentar sobre o Dia Internacional das Mulheres e, principalmente, sua luta constante por equidade.
Episódios diversos aqui e acolá dão a dimensão exata do longo espaço a ser percorrido. A todo momento nos deparamos com ofensas, preconceitos e menosprezo para com as nossas avós, mães, esposas, filhas, sogras, tias, primas, sobrinhas, cunhadas, enfim toda mulher em algum momento da vida está também neste papel perante a sociedade e os homens, razão pela qual o amor e o respeito deveriam prevalecer sempre.
Toda vez que temos que reforçar a comemoração da data do dia 8 e leis, decretos e normas são editados para lembrar que todos devem ser remunerados pelo mesmo valor, se exercem a mesma função e/ou atividade, e que não respeitar esta situação gerará multas, fica clara a certeza de que retrocedemos, ou melhor, parece não termos saído do lugar.
No campo do trabalho, este é um dos pontos cruciais, e o assédio físico, moral e sexual também são reprováveis e desprezíveis.
Na política, em artigos recentes abordamos também quão esdrúxulos são os termos empregados quando se referem a uma mulher exercendo uma função e a discrepância entre os termos empregados quando o mandato é exercido pelo homem.
É fato que a mulher demorou mais tempo para chegar ao mercado de trabalho e para exercer cargo eleitoral, mas isto não ocorreu ontem e esta cultura já deveria ter sido absorvida. Afinal, somos frutos e em grande parte criados por elas.
O que anda me aborrecendo mais nestes últimos tempos são uns idi****, nas redes sociais, conhecidos como “redpills”, falando tanta asneira, que acho que são extradesumanos, vindos do nada e, de fato, sem nada em qualquer parte do corpo; passam-me a sensação de serem acéfalos, literalmente.
Tem uns aí que denigrem tanto a mulher que, além do ódio, parecem não ter nenhum prazer pela maravilhosa companhia delas, em nenhum sentido. E isto por não saberem, inclusive, separar a satisfação de uma “prosa regada” de uma “artimanha manipulada”, seja tomando uma “breja” ou um “campari”.
A turma da peruca loira em plenário federal é melhor nem comentar. Tomara seja de um mandato só ou solo, pois é terra infértil.
Apesar destes pesares, elas têm um fato a comemorar e muito, a repercussão sempre negativa destes episódios. Parte da sociedade acampa e uma boa parcela encampa este movimento de valorização.
E, para finalizar, um salve às nossas maravilhosas mulheres e à sua vontade de aprender sempre, seja lecionando, seja cursando faculdade na flor de seus 45 anos.
E que elas se libertem também do despreparo de algumas calouras, que servem apenas para, de vez em quando, comer umas “pipoquinhas” com piruá em Bauru.
Ah, as mulheres! Que todos os dias sejam seus e que seu esforço seja recompensado, pois serem consideradas o sexo frágil parece não lhes convir, só na música. O mês da enchente de São José, de “Águas de Março”, de um dia dedicado a vocês, seja um mês pleno.
Karim Abud Mauad
karim.mauad@gmail.com